A ex-líder do governo no Congresso Joice Hasselmann (PSL-SP) terá a chance de denunciar as milícias digitais que, segundo ele, fazem campanha de difamação nas redes sociais contra ela e outras figuras públicas. O depoimento dela à comissão parlamentar mista de inquérito foi remarcado para o próximo dia 20. Inicialmente, seria no dia 13. Mas, como o Congresso só trabalhará segunda e terça-feira da próxima semana, as reuniões foram adiadas.
Este será o segundo depoimento de um ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro a falar à comissão. Na semana passada, o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) denunciou a participação de assessores do Palácio do Planalto em um esquema de disseminação de fake news.
Em discurso emocionado na última terça, Joice reclamou dos ataques e das ameaças que tem recebido nas redes sociais, disse que não se intimida e que vai identificar e levar à Justiça a “gangue” que faz campanha difamatória contra ela. A deputada também relatou que tanto ela quanto seus filhos já foram ameaçados de morte. Nesse momento, ela chorou.
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“Não vai existir homem com mandato, sem mandato, seja o que for, deputado, senador, presidente — não me interessa! —, não vai existir homem, nem mulher que vai fazer isso com a minha família. É pela minha família e é pela família de todos vocês, porque se nós não pararmos essa esquizofrenia, essa loucura, essa gangue, não teremos como reconstruir este Brasil, não teremos como reconstruir este país”, discursou.
A audiência pública sobre proteção de dados, que seria dia 12, foi transferida para 19 de novembro. Serão ouvidos, na ocasião, o Delegado Emerson Wendt, especialista em crimes cibernéticos e segurança digital; Ronaldo Lemos, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, e Pablo Cerdeira, coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade e do Centro de Big Data da FGV.
Veja o discurso de Joice:
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