A Câmara entrou em acordo e decidiu adiar a votação da reforma do imposto de renda para a próxima terça-feira (17). Antes de confirmar o adiamento, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), discursou e afirmou que as mudanças no regime tributário foram fatiadas em acordo entre ele e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), justamente pela complexidade do tema.
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“O Brasil todo quer reforma tributária, mas na hora que chega a discussão, a reforma boa é a do vizinho. Eu não colocaria pra votar se tivesse a menor chance de estados e municípios perderem recursos. Se adiar o processo em busca de soluções impossíveis, não chegaremos nunca em consenso”, ponderou Lira.
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O presidente da Câmara reiterou que, quanto mais se adiar o debate, maior será a pressão de setores afetados pelas mudanças. Lira disse que o objetivo é aprovar uma reforma neutra, ou seja, sem previsão de perdas ou ganhos de arrecadação.
Ele destacou também que o substitutivo do relator, Celso Sabino (PSDB-PA), já fez diversas concessões ao longo das negociações do texto às empresas do Simples Nacional e às micro e pequenas empresas, retomou a taxação dos lucros e dividendos, reduziu a carga tributária das empresas, revisou a tabela do IRPF.
Sabino afirmou ainda que uma nova versão de seu substitutivo será divulgada ainda nesta quinta. Porém, ele não detalhou quais as novas mudanças.
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