O presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), deve se reunir com os membros do partido nesta quarta-feira (16), no fim do dia. A reunião é uma tentativa de estancar o racha partidário que tem corroído a sigla. Segundo informações de bastidores, apesar da reunião ser aberta, alguns parlamentares que anunciaram a intenção de sair do partido não devem comparecer.
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No encontro deve ser discutido uma saída para os deputados mais “rebeldes”, que, apesar de ter sido afirmado que não haverá expulsão destes, punições exemplares devem ser tomadas.
O líder do governo na Câmara sofreu recentemente um duro revés. Ele foi retirado da comissão especial que trata da reforma da Previdência dos militares. Major Vitor Hugo (PSL/GO) vinha se dedicando ao assunto e defendendo o texto aprovado pela equipe econômica de Jair Bolsonaro.
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Outro ponto de pauta do encontro será a prestação de contas do PSL. Segundo informações de dentro da legenda, este ponto deve tomar muito tempo da reunião, pois, na última sexta-feira (11), os advogados do presidente Jair Bolsonaro encaminharam ao presidente do PSL, Luciano Bivar, um documento cobrando maior transparência do partido com uma ampla auditoria nas contas da legenda.
Pelo menos 20 deputados federais do PSL estão insatisfeitos com o comando partidário e apoiam Bolsonaro na guerra contra o presidente da agremiação. Esses congressistas e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) também subscrevem o documento.
O partido se reuniu nesta terça-feira (15) na sala da liderança na Câmara. O líder do partido no Senado, Major Olímpio (SP), saiu no meio da reunião e afirmou que não foram tratadas questões deliberativas. Major disse que, apesar de achar que será voto vencido, deseja expulsar todos os membros que estão envolvidos no racha partidário.
Com exceção dos líderes da sigla, os parlamentares não estão falando com a imprensa publicamente. Segundo fontes no PSL, a ordem veio de dentro do partido. Duas entrevistas com membros da agremiação, que estavam pré-agendadas com o site, foram desmarcadas por este mesmo motivo.
A crise na sigla foi destacada em primeira mão pelo Congresso em Foco em setembro, quando deputados revelaram ao site que a situação dentro do partido era de racha e possível debandada.
O clima piorou quando Bolsonaro disse para um seguidor esquecer da sigla. Desde então, troca de farpas estão acontecendo dos dois lados. Bolsonaro e seus aliados têm sido mais ferrenhos; do outro, o presidente do partido, Luciano Bivar, e deputados que não fazem parte da ala mais bolsonarista.
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