O presidente nacional do DEM, ACM Neto, disse ao Congresso em Foco que não há possibilidade de o partido aderir à base do governo de Jair Bolsonaro. A legenda foi a única na Câmara a não fazer parte de nenhum bloco na disputa pelo comando da Casa.
“O DEM se mantém independente, nossa posição é de independência em relação ao governo. Essa posição foi definida no final de 2018 e ela será mantida, não há qualquer discussão com objetivo de virarmos base, isso não está sendo considerado”, declarou.
O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) tentou costurar o apoio do DEM ao candidato Baleia Rossi (MDB-SP), mas mais da metade da bancada preferiu ficar com Arthur Lira (PP-AL), novo presidente da Casa e aliado do governo federal. Com o objetivo de conter um desgaste e evitar uma demonstração ainda mais forte de divisão na legenda, o partido decidiu que não iria fazer parte do grupo de nenhum dos candidatos.
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Maia saiu frustrado ao ver o seu próprio partido desembarcar da aliança de seu apadrinhado na Câmara e falou até em se desfiliar.
O presidente do DEM disse que espera o cenário se acalmar e que o partido está hoje comemorando a vitória de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no Senado. Ele foi eleito com o apoio do presidente Jair Bolsonaro e até do PT.
Publicidade“Ele [Rodrigo Maia] comigo nunca se exaltou. Óbvio que o resultado possível, que foi esse da neutralidade, não blocar com ninguém, não era o desejado pelo presidente Rodrigo Maia. Agora, ele sempre conduziu as conversas de maneira muito respeitosa e em um ambiente e relação que tenho com ele de mais de 20 anos de amizade.”
Congresso em Foco – Como fica o DEM depois da eleição da Câmara? Maia chegou a falar em sair do partido.
ACM Neto – Hoje nós estamos comemorando a vitória do senador Rodrigo Pacheco. É uma vitória importante para a gente, pelo quarto biênio consecutivo o Democratas vai presidir uma das duas Casas. Tenho certeza de que o partido saberá construir seu caminho de preservação da unidade como sempre foi, natural que existam momentos de diferenças, mas sempre tivemos maturidade, capacidade de seguir adiante assegurando a unidade partidária.
Algumas pessoas têm falado que Maia se exaltou após saber que o DEM não faria parte do bloco de Baleia Rossi.
Ele comigo nunca se exaltou. Óbvio que o resultado possível, que foi esse da neutralidade, não blocar com ninguém, não era o desejado pelo presidente Rodrigo Maia. Agora, ele sempre conduziu as conversas de maneira muito respeitosa e em um ambiente e relação que tenho com ele de mais de 20 anos de amizade.
Como fica a relação do DEM com o governo?
DEM se mantém independente, nossa posição é de independência em relação ao governo. Essa posição foi definida no final de 2018 e ela será mantida, não há qualquer discussão interna com objetivo de virarmos base, isso não está sendo considerado. Posição de independência, ela está assegurada.
DEM pode se aliar a João Doria em 2022?
Não tem diálogo com ninguém por enquanto, a gente vai começar a tratar 2022 na hora certa, primeiro vamos deixar passar as naturais consequências desses dois processos eleitorais, na Câmara e no Senado, e depois com o tempo começar a tratar de 2022
O senhor vai ser candidato em 2022?
Me candidatar eu vou em 2022, agora vamos ver a que.
Governo [estadual], Senado ou outro cargo?
Vamos ver na hora certa.
>Arthur Lira, candidato de Bolsonaro, lidera faltas na Câmara
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