O Psol solicitou nesta quarta-feira (29) que a CPMI das fake news investigue os ataques aos perfis do professor de história Marcelo Biar, dirigente do partido no Rio de Janeiro, morto pela covid-19 no último fim de semana.
Confira o documento na íntegra aqui.
Após a confirmação de sua morte, os deputados federais Bia Kicis (PSL-DF) e Carlos Jordy (PSL-RJ) postaram em suas redes sociais que Marcelo havia encabeçado uma campanha chamada “força covid”, quando Bolsonaro testou positivo para a doença, no dia 7 de julho. No entanto, membros dos Psol alegam que não houve postagens de Marcelo nesse sentido. Alguns dos posts também apontam que o professor era parlamentar, mas apesar de ter concorrido para vereador e deputado estadual, nunca se elegeu. Além das notícias falsas, os perfis de Marcelo nas redes sociais é alvo de mensagens de ódio.
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No documento, o Psol solicita que o episódio e todos os envolvidos sejam investigados pela CPMI, “a fim não só de esclarecer a dinâmica criminosa articulada contra Marcelo Biar, mas também para ajudar a elucidar todo o objeto da Comissão”.
“Marcelo Biar foi mais uma vítima de ataques e fake news de bolsonaristas e deputados do PSL. Trata-se de um modus operandi articulado pela extrema-direita no Brasil: destruir reputações a partir de falsas notícias, tal como foi feito com todos aqueles que foram considerados inimigos do governo Bolsonaro”, diz o pedido.
Por meio de sua assessoria, o deputado Jordy disse: “apenas repliquei o tweet de uma pessoa do Twitter”. Ele apagou o post em seu Instagram. Procurada para comentar o caso, a deputada Bia Kicis ainda não se manifestou.
Na sessão da Câmara desta quarta-feira (29), o deputado Glauber Braga (Psol) anunciou o pedido de investigação feito ao senador Angelo Coronel (PSD-BA), presidente da CPMI. Alessandro Molon (PSB-RJ) afirmou que conheceu Marcelo Biar quando foi filiado ao partido, lamentou sua morte e mostrou solidariedade ao Psol sobre o tema e também à família do professor .
Além de presidir a CPMI, Angelo Coronel foi o relator da PL das fake news aprovada no Senado em 30 de junho. O texto enfrenta resistência na Câmara de diferentes bancadas, inclusive por parte dos antagonistas Psol e PSL .
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