O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou que irá decidir se divulgará, total ou parcialmente, o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, até a próxima sexta-feira (22). Segundo informações divulgadas pelo STF, o pendrive com o vídeo chegou às 18h para o ministro, que afirmou já ter começado a assistir o conteúdo.
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“Recebi a equipe da Polícia Federal , chefiada pela Dra. Christiane Correa Machado, em meu gabinete, na data de hoje, que me atualizou sobre o andamento das investigações criminais e entregou-me um pen drive contendo vídeo e áudio da reunião ministerial de 22/4/2020. Após esse encontro, comecei , agora, a assistir ao vídeo, devendo liberar minha decisão até esta próxima 6a. feira, dia 22/05, talvez antes!”, disse Celso de Mello através de nota.
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O conteúdo desse vídeo tem gerado muita apreensão em Brasília. O governo tem defendido que não seja divulgada a íntegra do encontro. “Numa reunião ministerial sai muito coisa. Agora não era pra ser divulgado. A fita era pra ser inclusive destruída. Após aproveitar imagens para divulgação, ser destruída, não sei porque não foi”, disse Jair Bolsonaro no último dia 12.
Trecho da transcrição do vídeo já foi amplamente divulgado na imprensa. Nele, o presidente afirmou que não iria esperar toda a família e amigos serem prejudicados para trocar “alguém da segurança da ponta de linha”, se referindo ao Rio de Janeiro. Essa fala está na transcrição feita pela própria Advocacia Geral da União (AGU), que atua na defesa do presidente.
“Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar f. minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança da ponta de linha que pertence à estrutura. Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira”, disse.
PublicidadeDois peritos federais estão trabalhando em tempo integral na análise do vídeo da reunião. O objetivo, segundo o Celso de Mello, é averiguar a autenticidade e a integridade do material.
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É bem simples. Vai liberar o que tem a ver com a discussão do caso e não vai liberar o que não tem. Simples!