Deputados, senadores, presidentes partidários e ex-ministros dos mais variados partidos reagiram nesta sexta-feira (15) ao pedido de demissão de Nelson Teich do Ministério da Saúde.
O antecessor de Teich no cargo, Luiz Henrique Mandetta, não fez menção direta ao acontecimento, mas se manifestou no Twitter na hora da decisão:
Oremos. Força SUS. Ciência. Paciência. Fé! #FicaEmCasa
— Henrique Mandetta (@lhmandetta) May 15, 2020
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“Enquanto milhares morrem perdemos tempos em políticas de tentativas e erro”, afirmou em nota o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo.
Teich tomou posse no dia 17 de abril, depois de saída conturbada de Luiz Henrique Mandetta. O médico oncologista vinha tendo divergências com o presidente Jair Bolsonaro em função do uso da cloroquina no tratamento da covid-19. Entre os cotados para substituir Teich, está o secretário-executivo, número dois do ministério, general Eduardo Pazuello.
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PublicidadeVeja a seguir como reagiram os políticos:
Sergio Moro
Cenário difícil, em plena pandemia, 13993 mortes até ontem. Números crescentes a cada dia. Cuide-se e cuide dos outros.
— Sergio Moro (@SF_Moro) May 15, 2020
PSDB
“A saída de Nelson Teich do ministério da Saúde confirma o que os brasileiros já sabiam. O governo brasileiro não tem planos factíveis para combater a pandemia que nos ameaça. Ao invés de buscar soluções, o presidente tem preferido desmoralizar agentes públicos e confrontar governadores e prefeitos que realmente fazem o trabalho de combate à doença. Enquanto milhares morrem perdemos tempos em políticas de tentativas e erro. A sociedade, apreensiva e perplexa, merece mais respeito, mais seriedade, menos desgoverno, menos absurdo”.
Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz
O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração nesta manhã. E assim, com método e paciência, Bolsonaro vai destruindo o Brasil e semeando a morte e o descrédito.
— Felipe Santa Cruz (@felipeoabrj) May 15, 2020
Senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE)
Bolsonaro não quer um médico para cuidar da saúde dos brasileiros. Quer um charlatão fanático. Ou um militar burocrático capaz de seguir ordens sem pensar. Dois ministros da saúde demitidos em plena pandemia não é só sinal de incompetência. É crime e está nas margens do homicídio
— Senador Alessandro Vieira (@Sen_Alessandro) May 15, 2020
Líder do PSL na Câmara, Joice Hasselmann
A saída de Teich mostra que ciência e razão não têm lugar no Gov. Bolsonaro. Só terraplanismo, ignorância, achismo, ideologia pobre e burra! Quem não segue a cartilha do chefe está FORA! Cloroquina e abertura total da economia significam o assassinato de milhares de brasileiros!
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) May 15, 2020
Marcelo Freixo (Psol)
Depois das saídas de Mandetta e Nelson Teich do Ministério da Saúde, Bolsonaro está deixando claro que só exige duas coisas do próximo ministro: fé na cloroquina e na terra plana. O que menos importa para o presidente nessa pandemia é a saúde e a vida dos brasileiros.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) May 15, 2020
Paulinho da Força, presidente nacional do Solidariedade e deputado federal
“Saiu quem não tinha entrado. Nesta sexta (15), o ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração do cargo, mas não sei se alguém percebeu, já não fazia diferença. O médico, apesar de conhecimento técnico, não conseguia expor suas ideias, não sabia lidar com a imprensa, teve dificuldade de se ambientar e era desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro o tempo todo, ou seja, não fez nada de significativo nos 28 dias que ficou no cargo.
Desejo sorte ao sr. Teich na sua carreira, mas desejo ainda mais que o Governo Federal seja capaz de colocar alguém com envergadura para conduzir o ministério mais importante nesse momento de crise.
Duvido que alguém consiga fazer o presidente aprender com a ciência e perceber que reduzir o isolamento social é colocar mais brasileiros na fila de espera por uma vaga na UTI. O Brasil precisa de liderança, mas vai ser difícil encontrar um ministro que seja capaz de lidar, ao mesmo tempo, com a crise sanitária e com os impulsos de Jair Bolsonaro”.
José Guimarães (PT-CE), líder da minoria na Câmara
“O povo brasileiro não é cobaia! Bolsonaro quer que o ministro da Saúde use a cloroquina para agradar a interesses norte-americanos em plena pandemia. Esta é a razão principal da demissão de Nelson Teich. É um governo que está aos frangalhos! Quem tem o mínimo de juízo e compromisso com a saúde pública e a ciência não vai aceitar esse tipo de conduta do presidente da República. É mais um ministro que cai, e é mais um andar que se sobe na necessidade de tirarmos esse governo. Bolsonaro é um mal para o Brasil e representa uma doença enorme para a saúde pública brasileira. É por isso que nós não podemos mais continuar sem apertar, sem mobilizar o país, pois Bolsonaro não tem mais condições de continuar governando o Brasil”.
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