O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) manteve, entre 2003 e 2004, um cargo comissionado na Câmara dos Deputados, em Brasília, enquanto vivia no Rio de Janeiro. Aos 18 anos e ainda sem ensino superior, o recém-ingresso estudante de direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recebia o equivalente a R$ 9,8 mil, em valores atuais, por mês.
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O cargo de 40 horas semanais era na liderança do PTB, partido comandado por Roberto Jefferson e que seu pai, Jair Bolsonaro, era filiado na época. As informações são do site BBC News Brasil, que encontrou um documento da Câmara comprovando a contratação de Eduardo.
Apesar de não cometido crimes de nepotismo – a decisão que proibira que parentes de políticos fossem indicados para cargos é de 2008 –, a nomeação do 03 foi irregular segundo as regras da Câmara, vigentes à época. Segundo essas normas, as atividades exercidas por Eduardo tinham que ser feitas em Brasília, uma vez que o cargo tinha “por finalidade a prestação de serviços de assessoramento aos órgãos da Casa”.
De acordo com a BBC News, Eduardo manteve os estudos no Rio de Janeiro durante os 16 meses que esteve contratado e afirmou não lembrar de ter assumido o cargo na Câmara. Ele disse também que “acha que não teria problema nenhum”, uma vez que é possível prestar serviços à distância.
Antes de trabalhar para o PTB, Eduardo também foi funcionário do PPB, atual Progressistas, enquanto seu pai era filiado ao partido. Ele assumiu um posto deixado seis meses antes pelo seu irmão, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Além dos dois filhos, a segunda mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, também passou pelo cargo.
Segundo informações da Câmara dos Deputados, esse emprego pagava cerca de R$ 12,6 mil por mês, em valores atuais.
Três meses após a contratação de Eduardo no PPB, no entanto, ele teve de deixar o posto. O boletim com a demissão do 03 traz explicações sobre a exoneração. Na mesma época, Bolsonaro estava deixando o partido para ir ao PTB. Dois meses depois, Eduardo foi contratado no novo partido do pai.
Procurado pela reportagem da BBC News Brasil, Eduardo e Jair Bolsonaro não quiseram se pronunciar. Roberto Jefferson disse não se lembrar se Eduardo Bolsonaro trabalhou na liderança do partido no período em que ele era o líder petebista na Câmara. E sugeriu que a reportagem procurasse a liderança atual do partido. Esta, por sua vez, não respondeu ao pedido de entrevista.
Esse menino deslumbrado não tem qualificações, nem qualidades, mínimas para ser embaixador! Um dos argumentos também seria que ele é amigo da família Trump (como se isso fizessa alguma diferença porque também nos EUA vale o dito: amigos amigos, negócios à parte). Mas, o próprio dudu em entrevista na semana passada declarou que essa amizade não existe. Ele disse o seguinte na entrevista: Não tem aquela amizade de frequentar a casa. Encontrei com Donald Trump Jr. rapidamente durante o road show em janeiro, e com Erik Trump num evento republicano. Na verdade, são contatos. Quando fala amizade, parece que um frequenta a casa do outro e que a gente conversa diariamente. Não. Troquei algumas conversas com o Jared Kushner (genro de Trump, casado com Ivanka), nos encontramos em Davos (Suíça), na Casa Branca.