Após vir a público a informação de que as Forças Armadas licitaram a compra de 80 mil cervejas, além de conhaque e uísque para as Forças Armadas, o Ministro da Defesa, general Braga Netto, disse nesta quarta-feira (12), que recomendou que essa pratica seja evitada. A informação das compras foi divulgada pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e mais nove parlamentares do PSB.
“Nós já fizemos uma recomendação para que isso seja evitado. Não vou comentar situações que ocorreram no passado. O pessoal vai para uma atividade estressante, quando voltavam (sic) era feita uma confraternização… Isso é feito hoje em dia com contribuição de cada um”, afirmou o ministro à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Ele atendeu à convocação aprovada pelos deputados.
Elias Vaz comentou a fala do general: “A medida adotada pelo ministro é uma prova de que a compra desses itens foi imoral. Além da cerveja, o governo gastou milhões com toneladas de picanha, filé, bacalhau e salmão, alimentos que não estão no cardápio da maioria dos brasileiros. No caso das bebidas, a justificativa é de que seriam para eventos festivos. É um absurdo, em plena pandemia, nesse momento de dificuldade, o governo ter esse tipo de gasto”, afirmou.
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Em fevereiro, deputados do PSB na Câmara protocolaram uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o que consideraram “uso de recursos com ostentação e superfaturamento” por parte das Forças Armadas.
O documento endereçado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, inclui gastos exorbitantes com itens para churrasco, tais como carne, cerveja e carvão. Foram compradas toneladas de picanha, milhares de litros de cerveja, e centenas de latas de Skol Beats, segundo a denúncia.
Em um pregão eletrônico realizado em 2020 para o 38º Batalhão de Infantaria, por exemplo, foram adquiridas 500 garrafas da cerveja Stella Artois a R$ 9,05 cada; no mesmo certame, o batalhão adquiriu também três mil garrafas de Heineken, a R$ 9,80 cada. Já a 23ª Brigada de Infantaria de Selva foi agraciada com 3.050 garrafas de Eisenbahn, a R$5,99.
Atividade estressante? Que atividade? Os oficiais? Duvido, e os soldados passam por atividade estressante por humilhações que sofrem dos oficiais
Eu entendo. É tudo pela pátria.
mas consumir drogas no quartel não parece ser o ideal, mesmo as drogas licitas.
Ninguém deveria tomar cerveja no quartel. Alcool é uma droga pesada! Querem comemorar usando droga, que o façam fora das instalações militares.
Cada ser humano age do jeito que acha que pode e tem direito de agir. Desde que não aja com falta de respeito ao próximo ou ao país…
Direito a cerveja no quartel felizmente não existe.