A saída do ex-juiz Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública foi repudiada por 70% dos perfis engajados no debate político no Twitter.
A informação está em levantamento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV DAPP) com dados do Twitter entre 11h e 13h30 desta sexta.
>Moro se demite e diz que Bolsonaro interferiu na PF por preocupação com inquérito no STF
O período abarca o pronunciamento de Moro e a repercussão imediatamente posterior, o campo de oposição ao governo superou o espaço obtido na defesa do então ministro Luiz Henrique Mandetta, que chegou a mobilizar 60% dos perfis em seu apoio no início deste mês.
> Cadastre-se e acesse de graça, por 30 dias, o melhor conteúdo político premium do país
A análise da FGV DAPP aponta uma divisão entre os perfis que compõem a base alinhada à direita.
Influenciadores como o economista Rodrigo Constantino, a jogadora de vôlei Ana Paula e a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) lamentaram o pedido de demissão de Moro, afirmando que sua é saída uma perda no combate à corrupção e, possivelmente, um erro do governo.
Do outro lado, estão perfis como o do fundador do site Terça Livre, Allan Santos, do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). Eles publicaram os primeiros ataques ao ex-juiz e agora ex-ministro, criticando o pronunciamento e o acusando de agir politicamente e reforçando a confiança em Jair Bolsonaro.
As principais hashtags revelam divergências com Bolsonaro ‒ como a que envolveu a demissão do diretor da PF, Maurício Valeixo ‒ motivo da saída de Moro.
Nos dois primeiros lugares do debate, aparecem as hashtags em defesa de Moro #bolsonarotraidor e #forabolsonaro, em aproximadamente 44,8 mil e 27,4 mil postagens, respectivamente; além de #moro, em 7,5 mil postagens, ocupando o quarto lugar.
Já, apoiando as ações do presidente, as hashtags mais usadas foram #tchauquerido, em 23,7 mil postagens, no terceiro lugar do debate; e, nas quinta e décima posições, #fechadocombolsonaro e #fechadoscombolsonaro, foram usadas em 7,5 mil e 5 mil postagens, respectivamente.
> Morde e assopra: os altos e baixos da relação Moro-Bolsonaro
Deixe um comentário