Em pronunciamento para comentar a saída de Sergio Moro do governo, o presidente Jair Bolsonaro disse que, mais de uma vez, o ex-ministro teria dito que a troca de Maurício Valeixo do comando da Polícia Federal poderia ocorrer em novembro, depois de possível indicação de Moro ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em novembro, o decano da Corte, ministro Celso de Mello, irá se aposentar e o presidente terá a prerrogativa de indicar um substituto para a vaga. Desde que foi para o governo, Moro se tornou um dos nomes cogitados.
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Em resposta à acusação de Bolsonaro, Moro escreveu no Twitter que a permanência de Valeixo na PF nunca foi utilizada por ele como moeda de troca para nomeação ao STF.
PublicidadeA permanência do Diretor Geral da PF, Maurício Valeixo, nunca foi utilizada como moeda de troca para minha nomeação para o STF. Aliás, se fosse esse o meu objetivo, teria concordado ontem com a substituição do Diretor Geral da PF.
Publicidade— Sergio Moro (@SF_Moro) April 24, 2020
Troca na PF
Bolsonaro negou ter pedido a Moro blindagem da PF e rechaçou a tese de interferência na corporação. “Nunca pedi para blindar ninguém da minha família. Jamais faria isso”, disse. Ele alegou que os dois conversaram ontem (23) sobre a demissão do então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo. “Ele [Moro] relutou e falou: mas o nome tem que ser o meu. Eu falei: vamos conversar. Por que tem que ser o seu e não o meu, ou um de consenso entre nós dois?”, relatou Bolsonaro.
“Eu não tenho que pedir autorização para ninguém para trocar o diretor ou qualquer outro que esteja na pirâmide hierárquica do Poder Executivo”. Ele também reclamou das investigações sobre a facada de que foi vítima na campanha eleitoral de 2018 e voltou a criticar o curso do caso Marielle.
Bolsonaro disse que as acusações feitas mais cedo por Moro são infundadas e afirmou que as falas podem manchar a biografia do ex-juiz. “Não são verdadeiras as insinuações de que eu gostaria de saber sobre as investigações em andamento”, disse Bolsonaro, negando ter procurado Moro para interferir nas investigações da PF.
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Se fosse assim o Moro não brigaria com o bozo por nada!