Apesar de ter gerado ruídos entre o governo e os policiais e de ter sido rejeitada na comissão especial da reforma da Previdência nesta quinta-feira (4), a tentativa de criar regras especiais de aposentadoria para os profissionais da segurança pública não será abandonada pela bancada governista. A ideia dos parlamentares é voltar a discutir o assunto quando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 for apreciada no plenário da Câmara.
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A disposição de voltar a destacar o assunto no plenário foi confirmada ao Congresso em Foco pelo líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO). “Vamos continuar procurando uma solução para isso”, afirmou, quando foi questionado sobre como ficaria a situação dos policiais depois que fracassaram a tentativa de acordo e a aprovação do destaque em que o governo buscava garantir regras mais brandas para a previdência dos policiais federais e dos policiais rodoviários federais.
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Líder do Podemos da Câmara, José Nelto (GO), que também havia apresentado um destaque em favor dos policiais na comissão especial, reforçou a intenção de retomar o debate sobre o assunto. Ele ainda disse que o caminho para isso deve ser mesmo o destaque – solução que foi apoiada por outros deputados da base do governo. “Vamos conseguir aprovar no plenário”, chegou a dizer um parlamentar.
O governo, porém, terá pouco tempo para aparar as arestas e, enfim, chegar a um acordo sobre os policiais. É que a intenção do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é votar o texto no plenário já na próxima semana, e as últimas horas não foram amistosas para a relação entre governo e policiais.
A leitura do voto do parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP) foi adiada nessa quarta-feira porque o governo disse ter fechado um acordo com parlamentares e policiais sobre o assunto. Esse acordo, porém, não entrou no parecer final da reforma porque foi rejeitado pela própria categoria.
Insatisfeitos com os termos da PEC e também com os que foram propostos pelo governo, representantes dos profissionais de segurança pública chegaram a protestar na Câmara nesta quinta-feira (4). Eles chamaram até de traidora a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que rebateu a categoria no Twitter.”Com comportamento truculento e pouco inteligente vocês jogam fora votos e articulação de uma aliada que costuraria a solução para vocês em plenário”, escreveu a deputada, que disse para a categoria cobrar a perda de apoio aos seus sindicalistas.
Olha Joice Hellmans aí, famosa Pepa Pig.
A desculpa era acabar com os privilégios. Mas os militares mantém os deles. Não tem mais qualquer moral, essa reforma. Quer apenas roubar dos pobres para dar aos ricos. Querem tirar um trilhão dos aposentados para dar aos banqueiros e acabar com a contribuição patronal. Coisas do Tchutchuca, mesmo.