A briga de listas que confirmou Eduardo Bolsonaro na liderança do PSL na Câmara dos Deputados teve baixas tanto na ala pró-Waldir quanto na ala pró-Eduardo. O Congresso em Foco comparou as duas listas validadas pela Secretaria Geral da Mesa nesta terça-feira (22) e explica: dois deputados retiraram o nome da lista a favor de Waldir para apoiar Eduardo; um deputado disse ter assinado as duas listas, mas não apareceu na lista final pró-Eduardo; e outros dois deputados decidiram apoiar os dois lados. Veja quem são eles:
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Quem ficou do lado de Eduardo
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Os deputados Daniel Freitas (SC) e Léo Motta (MG) assinaram tanto a lista a favor do Delegado Waldir quanto a lista a favor de Eduardo Bolsonaro, mas depois decidiram retirar o apoio a Waldir. Foi a retirada dessas duas assinaturas que deixou o deputado goiano com menos assinaturas que o filho de Jair Bolsonaro e garantiu que Eduardo permanecesse na liderança do PSL na Câmara.
Daniel Freitas revelou ao Congresso em Foco que o Delegado Waldir pediu para os deputados assinarem a lista que foi protocolada ontem pedindo sua manutenção na liderança há cerca de duas semanas, antes da briga interna que rachou o PSL entre bolsonaristas e bivaristas. “Naquele momento, não era uma briga entre Waldir e Eduardo. Era uma lista apenas para manter Waldir na liderança. Por isso, quando percebemos que houve um racha e eu soube da lista de Eduardo, liguei para ele para garantir que, se dependesse da minha assinatura, ele seria líder. Por isso, solicitei à Câmara que minha assinatura tivesse validade apenas na lista de Eduardo”, afirmou Freitas.
O deputado destacou, portanto, que não foi uma “mudança de lado”. “Eu sempre fui pró-Bolsonaro, meus discursos e posicionamentos na Câmara mostram isso”, disse Freitas, que chegou a postar um vídeo nas redes sociais ao lado de Eduardo Bolsonaro para reforçar o apoio ao governo Bolsonaro. No vídeo, o novo líder do PSL na Câmara pede compreensão aos internautas e diz que, diante da confusão dos últimos dias, “tiveram pessoas de boa fé sim que assinaram as duas listas”.
PublicidadeLéo Motta seguiu o mesmo posicionamento de Daniel Freitas e também postou um vídeo em que o próprio Eduardo garante a sua lealdade ao governo Bolsonaro. O deputado ainda disse nas redes sociais que assinou a lista pró-Eduardo “imediatamente a pedido do Presidente Jair Bolsonaro”.
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Quem disse ter assinado as duas listas, mas ficou apenas na lista pró-Waldir
O deputado Ricardo Perícar (RJ) também assinou as duas listas protocoladas nessa segunda-feira e garantiu ao Congresso em Foco que não pediu para sair nem da lista pró-Waldir, nem da lista pró-Eduardo. Ele disse que decidiu apoiar os dois nomes porque quer ver a unidade do PSL e, por isso, não gostaria de ter que escolher um lado. Porém, teve o nome validado apenas na lista pró-Waldir: foi a assinatura classificada como “não confere” na lista que confirmou Eduardo na liderança.
“Eu quero a união. Não aceito essa divisão e não vejo motivo para isso. Acho que houve um mal entendido e que todos deveriam se sentar, conversar e escolher o líder”, afirmou Perícar, dizendo que ainda é possível encontrar esse meio termo porque o partido é “100% Bolsonaro”. “A fofoca de alguns gerou uma discórdia, mas ninguém dos 53 deputados é contra Bolsonaro”, disse.
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Quem ficou dos dois lados
Os deputados Enéias Reis (MG) e Marcelo Brum (RS), que são suplentes dos ministro do Turismo e da Casa Civil, Marcelo Álvaro Antônio e Onyx Lorenzoni, respectivamente, também assinaram as duas listas e não pediram para sair de nenhuma delas. Como já havia acontecido na semana passada, as assinaturas deles foram validadas tanto na lista pró-Eduardo quanto na lista pró-Waldir.
Veja, então, quem assinou cada lista:
Lista a favor de Eduardo Bolsonaro:
Vitor Hugo (GO), Alê Silva (MG), Aline Sleutjes (PR), Bia Kicis (DF), Bibo Nunes (RS), Carla Zambelli (SP), Carlos Jordy (RJ), Caroline de Toni (SC), Chris Tonietto (RJ), Coronel Armando (SC), Coronel Chrisóstomo (RO), Daniel Freitas (SC), Daniel Silveira (RJ), Dr. Luiz Ovando (MS), Eduardo Bolsonaro (SP), Enéias Reis (MG), Filipe Barros (PR), General Girão (RN), General Peternelli (SP), Guiga Peixoto (SP), Helio Lopes (RJ), Junio Amaral (MG), Léo Motta (MG), Luiz Lima (RJ), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP), Marcelo Brum (RS), Marcio Labre (RJ) e Sanderson (RS).
Lista a favor do Delegado Waldir:
Abou Anni (SP), Charlles Evangelista (MG), Coronel Tadeu (SP), Delegado Antônio Furtado (RJ), Delegado Marcelo Freitas (MG), Delegado Pablo (AM), Delegado Waldir (GO), Dra. Soraya Manato (ES), Enéias Reis (MG), Fabio Schiochet (SC), Felício Laterça (RJ), Felipe Francischini (PR), Gurgel (RJ), Heitor Freire (CE), Joice Hasselmann (SP), Julian Lemos (PB), Júnior Bozzella (SP), Loester Trutis (MS), Lourival Gomes (RJ), Luciano Bivar (PE), Marcelo Brum (RS), Nelson Barbudo (MT), Nereu Crispim (RS), Nicoletti (RR), Professora Dayane Pimentel (BA) e Ricardo Pericar (RJ).
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Nova lista
O Delegado Waldir, que continuou afastado da liderança do PSL da Câmara após a conferência dessas duas últimas listas, confirmou que essas são listas antigas. Ele não comentou a informação dada por Daniel Freitas de que passou a relação a favor da sua manutenção na liderança há cerca de duas semanas, mas disse que a lista oficial, que valerá no final, ainda será apresentada. Segundo Waldir, essa lista será protocolada depois que o PSL e a Câmara decidirem o futuro dos 19 deputados que o partido quer suspender, mas estão recorrendo da suspensão na Justiça. Caso a suspensão seja confirmada, essa nova lista deve, portanto, beneficiar o próprio Waldir, já que os 19 deputados notificados da suspensão são da ala bolsonarista.
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