Mário Coelho
O presidente Lula afirmou na manhã deste sábado (20), durante discurso no 4º Congresso Nacional do PT, em Brasília, que sua prioridade para 2010 é eleger a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, presidente do Brasil. “Eleger a Dilma não é uma coisa secundária, é uma coisa prioritária. Quero pedir a cada partido que não tenham dúvida. A companheira Dilma Rousseff, humildemente, sem nenhuma presunção, que não existe ninguém mais preparado para presidir esse país do que a companheira Dilma Rousseff”, afirmou Lula.
Em longo discurso, o presidente procurou ressaltar as qualidades da ministra Dilma Rousseff. Falou sobre o período em que ela comandou a pasta das Minas e Energia. E afirmou que o maior preconceito contra ela vem de suas qualidades. “O maior preconceito contra a companheira Dilma não é pelos defeitos, é pelas qualidades da companheira Dilma”, discursou. O presidente disse também que “nós temos que trabalhar muito para resolver o preconceito contra a mulher, contra o negro contra todas as minorias”.
Para Lula, Dilma às vezes surpreende “por sua inteligência”. “A gente não tem que ter nenhuma preocupação de dar alguma tarefa, mesmo que ela não saiba nada. Ela estuda, ela conversa”, disse o presidente. Ele citou como exemplo a discussão feita pelo governo sobre a TV digital. “No começo, ela era tão analfabeta quanto eu. Uma semana depois, ela já era pós graduada no assunto”, comentou.
Dilma foi referendada como pré-candidata do PT à presidência da República após o discurso do presidente. Para Lula, a ministra da Casa Civil tem dedicado mais de 2/3 de sua vida na perspectiva de “construir algo melhor para esse país”. “Ela nunca, em nenhum momento, teve dúvida de que lado deveria estar. Por isso, ela pode ter acumulado mais preconceitos. Para a gente, isso é virtude”, discursou.
Lula falou também sobre as alianças que o PT deve fazer para as eleições de 2010. E admitiu que existem problemas regionais. Na visão do presidente, o interesses de uma região não podem atrapalhar os interesses de um país de 180 milhões de habitantes. “O que vai prevalecer é a decisão nacional”, disse. “A Dilma é candidata de uma coalizão de partidos políticos muito poderosa. A Dilma não é a candidata do Lula”, completou o presidente.
No discurso, Lula refutou a tese de que, ao eleger Dilma, estaria preparando sua volta para 2014. “Rei morto, rei posto. Eu quero eleger a Dilma para que ela tenha um primeiro mandato extraordinário e ganhe autoridade política para se eleger para mais um”, completou.
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