Na lista das autoridades públicas hackeadas pelo grupo preso na Operação Spoofing, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre(DEM/AP), afirmou que o Congresso Nacional também vai atuar no combate a hackers. Ele argumentou que esse tipo de ação incentiva a produção de fake news e, por isso, será alvo da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que será instalada na volta do recesso parlamentar para investigar notícias falsas e ataques cibernéticos.
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“A ação indevida dos hackers leva à produção de fake news, que só servem para gerar a confusão de informações e a manipulação da opinião pública. Combater este crime não é dever só da polícia, o legislador também deve colaborar com soluções e leis mais transparentes para o bem de todos”, afirmou Alcolumbre, acrescentando que o Congresso Nacional vai “ouvir os especialistas, as autoridades e os representantes das organizações civis em busca de uma resposta efetiva para impedir esse tipo de crime e promover a correta informação da sociedade”.
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“É isso que queremos debater na CPMI que vai investigar as notícias falsas no Congresso Nacional”, enfatizou o presidente do Senado, que já pediu para os líderes partidários da Câmara e do Senado indicarem os nomes que vão integrar a chamada CPI Mista das Fake News. A comissão, cuja criação foi aprovada na última reunião do Congresso Nacional, será composta por 15 senadores e 15 deputados, além de igual número de suplentes.
Quando for instalada, o que deve acontecer já em agosto, a CPI terá 180 dias para investigar a criação de perfis falsos para influenciar as eleições do ano passado e ataques cibernéticos contra a democracia e o debate público – categoria em que devem se encaixar os ataques dos hackers presos nesta semana pela Polícia Federal. A prática de ciberbullying contra autoridades e cidadãos vulneráveis também será investigada, assim como o aliciamento de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio, segundo o Senado.
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Alcolumbre falou sobre o combate aos ataques cibernéticos em nota divulgada nesta quinta-feira (25), logo depois de receber a confirmação de que o seu celular também foi alvo dos hackers presos que tentaram invadir o celular de autoridades como o presidente Jair Bolsonaro; o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ); os ministros Sergio Moro e Paulo Guedes; a procuradora-geral da República, Raquel Dodge; e o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli.
Sobre o ataque, o presidente do Senado disse estar tranquilo por não ter o que esconder, mas admitiu estar indignado com a invasão da sua privacidade. “Não posso deixar de reafirmar minha repulsa às atividades desses criminosos virtuais, pois elas também representam uma afronta aos Poderes da República e à população brasileira”, disse Alcolumbre, para quem os hackers são movidos por interesses “escusos, pois se valem de meios ilegais e visam o próprio benefício”.
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