O programa nacional de controle da malária pode ficar sem cloroquina para tratar pacientes após o medicamento ter sido desviado pelo Ministério da Saúde para o combate à covid-19. É o que revela reportagem de Vinicius Sassine publicada neste domingo (28) no jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a apuração, de 3 milhões de comprimidos fabricados pela Fiocruz para abastecer o programa, 2 milhões acabaram direcionados ao combate da pandemia, mesmo que o medicamento seja ineficaz no tratamento da covid-19.
A reportagem cita documentos obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação que comprovam o desvio do medicamento e que, sob o risco de prejudicar o tratamento da malária, mostram que a pasta precisou fazer um aditivo ao contrato com a Fiocruz pedindo mais 750 mil comprimidos.
“Como é de conhecimento de Farmanguinhos, com o advento da pandemia pela Covid-19, esse medicamento passou a ser disponibilizado também para o tratamento dessa virose, o que elevou o seu consumo, especialmente no primeiro semestre. Com isso, o estoque atualmente disponível garante a cobertura do programa de malária apenas até meados de 2021”, diz documento do ministério obtido pela Folha.
Desde o início da pandemia o presidente Jair Bolsonaro estimula e defende o uso da cloroquina e o chamado “tratamento precoce”, que é ineficaz contra a covid-19. O Ministério da Saúde chegou, inclusive, a lançar um aplicativo que receitava o medicamento para sintomas até mesmo de ressaca. Porém, a plataforma foi retirada do ar.
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Esse Bolsonaro não aprende mesmo. Tem que desenhar:
1 – Hidroxicloroquina NÃO É EFICAZ NA POPULAÇÃO POBRE. Só funciona em médicos (David Uip e Jorge Kalil), ou em artista Globolixina infectada pela variante “malária do Leblon”;
2 – Tratamento precoce NÃO FUNCIONA EM PAÍS POBRE. Só funciona em países ricos, como a Austrália, por exemplo.
Aprendeu?
Pior, cloroquina NÃO funciona contra Covid-19. Infelizmente.
É o que expliquei ao Bolsonaro!
Só em algumas exceções…
Acho que não funciona em país nenhum, embora existem provas científicas atestando o valor dos placebos em geral.
Ontem li bastante coisa no site do governo da Austrália. Interessante!
Em vitro o remédio funcionava, mas na prática não. Algo que não é incomum. Os Estados Unidos mandaram a sua cloroquina para cá e na Europa não tem países recomendando o uso.
Sou do grupo de risco e não aceitaria usar.
Tem pessoas que dizem que foi por causa da cloroquina que sararam, mas durante a doença tomaram também água e outros remédios. Além disso, a grande maioria das pessoas contaminadas tem a sorte de sarar embora nem sempre sem sequelas. Como então chegar à conclusão que foi a cloroquina e não a água ou o curso natural da doença? A maioria das pesquisas sérias dizem que o remédio não funciona contra covid-19.
Você viu a declaração do presidente da CFM?
Ele deu a posição “oficial” dizendo que tem estudos com as duas conclusões, e por isso a decisão é de que os médicos devem decidir juntamente com seus pacientes. Disse que a ciência não tem uma conclusão se funciona ou não. Assim, como não tem como afirmar que funciona, também não tem como afirmar que não funciona.
Na minha família, a maioria tem tomado hidroxicloroquina ou ivermectina, e todos que já pegaram COVID passaram sem sintomas ou com sintomas muito, mas muito leve.
É realmente uma decisão individual.
Se um médico me oferecesse um desses remédios, ficaria decepcionado achando que estava sendo tratado por um charlatão.
Seus familiares podem pertencer à enorme maioria que saram sem problemas dessa contaminação, simples assim.