Mantido na liderança do PSL pela Câmara dos Deputados, o Delegado Waldir (PSL-GO) lembrou nesta quinta-feira (17) que sua liderança é temporária. Ele explicou que, mesmo antes da briga com a ala bolsonarista que queria destituí-lo para colocar Eduardo Bolsonaro na liderança, já estava prevista uma nova eleição para o cargo no início do próximo. E concluiu que, apesar da disputa deflagrada nessa quarta-feira (16), a mudança na liderança do PSL vai se dar no tempo certo e de forma democrática.
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“Hoje minha liderança é temporária, independente dessa lista ou dos resultados trazidos pela Mesa. A minha liderança vai até janeiro. Em fevereiro teremos uma escolha democrática como foi a minha. Foi uma escolha democrática. Não existe nenhuma imposição. E isso vai acontecer novamente porque o PSL é um partido liberal e democrático”, afirmou o Delegado Waldir.
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Ele destacou ainda que, apesar das listas apresentadas a favor de Eduardo Bolsonaro pela ala do PSL que é alinhada ao presidente Jair Bolsonaro, a mudança na liderança do partido na Câmara vai se dar no “momento certo”. “Vai acontecer novamente em fevereiro, no tempo certo. Já tivemos outros líderes dessa forma e isso vai continuar acontecendo”, garantiu o Delegado Waldir.
Na noite dessa quarta-feira, o Delegado Waldir também apresentou uma lista para barrar as tentativas da ala bolsonarista de tirá-lo da liderança do partido na Câmara neste momento de crise no PSL. A lista tirou Eduardo Bolsonaro da liderança do PSL poucos minutos depois de ele ser anunciado líder pelos deputados aliados ao presidente Jair Bolsonaro. Mesmo tendo sido contestada por uma nova lista da ala bolsonarista, a lista de Waldir foi validade pela Secretaria Geral da Mesa na manhã desta quinta-feira (17). A Mesa, desta forma, confirmou que a liderança continua com Waldir, que é aliado de Luciano Bivar. Aliados de Bolsonaro já preparam, então, uma nova lista para tentar entregar o cargo de Waldir para Eduardo Bolsonaro.
Apesar dessa briga de lista, Waldir acredita que a questão não deve parar na Justiça. Ele diz que só começou a própria lista quando soube da manobra dos aliados de Bolsonaro e afirmou que, agora, quer pacificar o partido. “Quero pacificar. Sei que houve um grande embate e muito desgaste. Mas somos fiéis ao governo. Continuamos de direita”, argumentou o líder.
Para dar início a esse processo de pacificação, Eduardo Bolsonaro classificou a briga pela liderança do PSL na Câmara com Eduardo Bolsonaro apenas como uma “disputa democrática”. “O que aconteceu foi uma disputa democrática pela liderança do PSL, que é um espaço estratégico na Câmara. Faz parte da democracia”, amenizou o líder.
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