Apenas um mês após o início dos trabalhos no Legislativo, os parlamentares, mesmo aqueles eleitos sob o discurso de “renovação” e da “nova política”, não hesitaram em sair para o recesso do Carnaval, emendar a semana e totalizar 12 dias sem votação. Nessa quinta-feira (7), por exemplo, dos 594 deputados e senadores, apenas 21 marcaram presença. Os congressistas, porém, argumentam que não falta trabalho em suas bases eleitorais.
De acordo com a ONG Contas Abertas, os sete dias úteis sem votação (quinta e sexta passadas, toda esta semana – com exceção de terça, que foi feriado – e a próxima segunda) custam cerca de R$ 207,12 milhões aos cofres públicos.
O secretário-geral da instituição, Gil Castello Branco, explica ter chegado a esse número a partir da soma dos orçamentos da Câmara e do Senado, dividida pelos 365 dias do ano, multiplicada pelos sete dias úteis. Para ele, as sessões não deliberativas “são uma simulação de funcionamento” e “valeria inclusive colocar no cálculo os finais de semana”. “Se considerássemos somente os dias úteis ao calcular o valor de um dia do Congresso – R$ 29.589.041,09 –, esse número seria muito maior”, afirmou.
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Os parlamentares recebem R$ 33.763 mil por mês, considerando o salário bruto, sem descontos. Apenas em vencimentos, cada congressista ganha R$ 1.125,43 por dia, mais que um salário mínimo, que é de R$ 954. Pelo feriado prolongado de 12 dias sem trabalhos legislativos, cada congressista deve embolsar R$ 13.505,46.
O novo Congresso é considerado um dos mais renovados da história. O Senado renovou 59% das suas cadeiras, o mais alto índice pelo menos desde a redemocratização do país. Na Câmara, o percentual chegou a 52,5%, o maior desde 1994. Dos 567 parlamentares empossados em 1º de fevereiro, 118 deputados e dez senadores jamais haviam ocupado cargo eletivo.
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Tamanha mudança de nomes, no entanto, não acabou com uma velha tradição, a de enforcar a semana quando há algum feriado no meio dela. O feriadão foi determinado pelos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). As últimas sessões destinadas a votação no Congresso foram realizadas na quarta-feira da semana passada (27), e as próximas estão marcadas para a próxima terça (12).
Procurado desde quarta-feira (6), Alcolumbre não foi encontrado pela reportagem em seu telefone pessoal. Sua assessoria de imprensa disse nesta quinta que não se trata de um “feriado prolongado”, uma vez que havia sessões não deliberativas – quando não há votações – no Congresso convocadas para quinta (7) e sexta (8). O senador, contudo, não retornou a Brasília após o Carnaval, tendo, ainda de acordo com sua assessoria, permanecido no Amapá. A previsão é que ele só volte à capital federal na segunda (11).
Rodrigo Maia também não retornou o contato da reportagem. Com a suspensão das atividades nesta semana, a Câmara adiou para a próxima a instalação das comissões da Casa, inclusive a de Constituição e Justiça (CCJ), primeira parada da reforma da Previdência.
Nesta quinta, no Senado, a sessão foi aberta pouco depois das 14h, apenas para discursos. Até as 15h30, apenas quatro senadores haviam registrado presença na Casa e se inscrito para falar: Izalci Lucas (PSDB-DF), Reguffe (S/Partido-DF), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Marcos do Val (PPS-ES).
Na Câmara, no mesmo horário, somente 17 deputados estavam por lá, segundo informações da Secretaria-Geral da Mesa. Sem o número suficiente de deputados na Casa, a sessão sequer chegou a ser aberta. Para o início dos trabalhos no plenário, é necessário um quórum mínimo de 51 parlamentares, 10% da Câmara.
“Querer demais”
O senador Sérgio Petecão (PSD-AC), primeiro-secretário do Senado, uma espécie de prefeito da Casa, afirmou que seu gabinete no estado está cheio e completou: “Dizer que o Congresso tem que trabalhar no Carnaval é querer demais. Tem que ser realista. Ontem foi feriado [na verdade, o feriado foi na terça]. Ter que ir para Brasília hoje, para voltar para o estado amanhã é um gasto desnecessário”. O senador passa a semana no Acre.
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Renovação questionada
O cientista político Carlos Nepomuceno relativiza a renovação do Congresso, ponderando que, em muitos casos, os eleitos apenas migraram de cargos; em outros, vieram de famílias de políticos e já carregavam consigo um legado. “A renovação efetiva é muito menor do que os números dão a entender num primeiro momento.”
O especialista destaca uma “cultura enraizada”, não apenas nos congressistas, mas nos servidores, comissionados e demais funcionários que trabalham no local. “Já existe uma dinâmica bem estabelecida que leva tempo para mudar”, considera.
Para o cientista político Benedito Tadeu, as práticas continuam as mesmas porque o que carece de modificações é o sistema eleitoral. “Sem entrar no mérito das personalidades individuais, não basta mudar as pessoas, precisa mudar a estrutura de representação, o sistema de representação”, avalia.
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O UOL NUNCA COMENTOU SOBRE ISSO NO GOVERNO DO PT que sempre foi a maioria dos deputados e a farra corria solta ! Trágico não ? Pimenta no dos outros é refresco não é UOL ??? Barbaridade !.
São os NOVOS políticos copiando os maus costumes dos VELHOS politicos. Ou seja, tudo farinha do mesmo saco! É lamentável!
Só quem pode acabar com essa pouca vergonha na política brasileiro, não são os políticos, até porque quanto mais eles gastarem o dinheiro público para eles é melhor. Quem tem que acabar com essa pouca vergonha dos políticos é povo e o povo sabe disso, tanto é que em 2018 houve uma limpa na política, principalmente dos coronéis da política que não conseguiram se reeleger. Nas próximas eleições a limpeza vai continuar, para eles conseguirem se reeleger eles vão ter de apresentar serviços nessa legislatura. O povo deu um basta nesses políticos corruptos que só entram na política para enriquecer e o país que se dane. O povo simplesmente está fazendo o que a nossa Constituição lhes dá todo o direito, quando diz “TODO O PODER EMANA DO POVO”, POR ISSO, OS POLÍTICOS CORRUPTOS QUE SE CUIDEM, PRINCIPALMENTE OS QUE TENTAREM ATRAPALHAR O GOVERNO DO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO, QUE TEM TODO O APOIO DO POVO.
Maldita Corja Política…
…e serão eles que quando voltarem irão votar para o trabalhador se manter ativo até os 80 anos.
Ainda bem que acabou a mamata
Quem te informou que acabou a mamatá? Se o próprio presidente que deveria dar o exemplo acumula três aposentadorias? Mudam os atores mas a tragédia é a mesma. Onde está a investigação dos crimes de Flávio Bolsonaro? Nada. O garoto é filho do “mito”.
Essa “farra com o dinheiro dos contribuintes” tem de acabar imediatamente. Chega de politiqueiros no Poder. São vagabundos da pior espécie, só pensam em encher os bolsos, mordomias, regalias além de gordas aposentadorias. Esses vermes de esgoto devem ser enxotados do setor público o quanto antes pois são perigosos para o Brasil e a sociedade. Fora politiqueiros asquerosos!.
O povo agradece o sumiço deles, só votam contra nós.
Melhor não votar nada mesmo.
Quais foram os deputados que compareceram?
Parece pegadinha do Sérgio Malandro.
É uma pegadinha do Sérgio moro mesmo