Nesta segunda-feira (25), Maha Mamo e sua irmã Souad, ambas filhas de sírios e nascidas do Líbano, entraram para a história brasileira por serem as primeiras pessoas apátridas reconhecidas pelo governo. As irmãs, refugiadas no Brasil há quase quatro anos, foram enquadradas na nova Lei da Migração, em vigor desde o fim do ano passado, e têm aberto o caminho para conseguir a nacionalidade brasileira, agora que foram formalmente declaradas sem pátria. O documento foi formalizado e será assinado em uma mesa redonda, a ser realizada no Ministério da Justiça nesta segunda-feira (25), sobre os desafios na implementação de políticas de proteção e integração de refugiados.
<< A incrível história da imigrante que viveu 26 anos sem existir oficialmente
Em entrevista ao Congresso em Foco, Maha contou que soube que ela e sua irmã seriam reconhecidas como apátridas no último sábado (23). “A gente estava com uma esperança a mais, de naturalização mesmo, mas não deu desta vez. Mas tudo bem, esse é um passo muito grande. É uma conquista, uma vitória muito grande”, disse.
Leia também
Como a Revista Congresso em Foco mostrou em sua última edição, Maha até os 26 anos de idade, nunca existiu oficialmente. Sua não-existência acabou a transformou em embaixadora do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Maha nasceu no Líbano, em 1988. Chegou ao Brasil em 2014 e, desde então, vive em Belo Horizonte, cidade que a acolheu desde o primeiro dia em solo brasileiro.
O reconhecimento como apátridas é o primeiro passo para que as irmãs sejam naturalizadas brasileiras. Ela explica que, pelas novas regras, a naturalização é permitida para aqueles que moram no Brasil há mais de dois anos, não tenham antecedentes criminais, a apatridia reconhecida e o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), prova que deve ser realizada em outubro. “Fazendo essa prova, já entra em processo de nacionalização”, diz ela.
Semana do Refugiado
PublicidadeO reconhecimento da apatridia das irmãs abre a Semana do Refugiado no Ministério da Justiça. A poucas horas do evento, Maha admitiu que ainda não sabia exatamente como seria a assinatura do documento.
“Até agora, a Acnur e o Ministério da Justiça ainda estão discutindo a possibilidade de fazer o processo de naturalização hoje também. Porque eu já falo português e o Celpe-Bras já foi cancelado pelo Ministério da Educação”, vislumbra.
Ela explica – em português claro, apesar do sotaque – que a primeira vez que tentou fazer a prova de proficiência na língua portuguesa descobriu que a prova tinha sido cancelada pelo ministério da Educação sem qualquer justificativa. “Eu já tenho a CNH [Carteira Nacional de Habilitação], que é uma das provas mais difíceis em língua portuguesa, que mesmo brasileiros não passam. Nós passamos de primeira”, conta.
“Mas eu conheço o Brasil, conheço a burocracia. Sei que tem muitas pessoas com boa vontade, porque muitas pessoas já conversaram comigo, eles sabem que nós falamos português, mas aí é burocracia mesmo. Tem de respeitar”, conclui Maha.
Mais da revista Congresso em Foco:
<< Não é só Marielle: mais de 2 mil militantes, crianças e testemunhas estão marcados para morrer
O Brasil é um país criado. Não iremos permitir essa invasão islâmica.
Se prepare mídia vcs terão seu financiamento cortado em janeiro! !!
Pindorama é que era país.vai embora, seu descendente de extrangeiro. Aqui só filho de índio!
ótimo!
muito melhor aqui do que na guerra da síria, claro, exceto se ela não for morar em região das guerras dos traficantes, milícias, policiais, exército, força nacional e afins, pois aí morre mais do que em todas guerras do oriente médio….
Muito bom! Realmente a burocracia é um grande problema no Brasil, mesmo assim acho a iniciativa de conceder cidadania muito positiva. Afinal, somos todos descendentes de imigrantes e é nossa obrigação tratar com respeito e generosidade os refugiados que aqui quiserem permanecer. Quem sabe isso não é um primeiro passo para nossa nação construir um futuro melhor?
Aqui e terra de ninguém mesmo, que venham só temos 210 milhões para alimentar e dar conta.
Como assim? Cada um que se alimenta, meu caro. Você não dá comida pra ninguém. Deixe de reclamar.
Dou sim, todos os dias, além de bancar educação,saúde e demais necessidades o Brasil para os brasileiros.
Seus impostinhos bancam no máximo você e algum familiar. Se um refugiado comprar uma bala, tá pagando o imposto já incluído no preço dela. Todo mundo que vive no Brasil paga imposto. Inclusive quem vem de fora.
Pagam nada, recebem auxílio e usam do sistema(eu sempre paguei por tudo que usei neste país deste a saúde, ate educação, segurança, transporte e paguei para os outro como vc), gente como vc pensa que o mundo é cor de rosa, e nessa vamos ficando para trás QI médio do Brasileiro caiu nos últimos 30 anos resultado de país africano, fabricando pessoas como vc. acorda e para de sonhar, vai tentar empreender e empregar pessoas e depois voltamos a discutir.
todos os dias dou comida a pelo menos 5 pessoas, vivemos um socialismo da corrupção e os doutrinadinhos não perceberam, kkkkk. Vai me dizer que estuda em uma Federal ou Instituto??
Vc é indio? Se não vc ou seus antepassados tb vieram aqui e com certeza vieram pra matar a fome
outro mundo, outros tempos, vai tentar ir(viver) em algum país sendo brasileiro e veja se vai ser bem recebido (e não vale América latrina), reciprocidade diplomática, gente curta, ingênua.
O mal da humanidade é o pensamento egoísta e insensível….
kkkkkk, o mal da humanidade e não ser racional.
Tem outra. Não é de hoje que se sabe que o PIB de qualquer país cresce quando recebe imigrantes. EUA rico hoje? Sim, porque sempre – SEMPRE! – recebeu imigrantes que trabalhavam duro e melhoravam as condições de todos.
Imigrante é uma coisa refugiado e outra, foi-se o tempo disto que vc esta falando o Brasil possui uma população com mais de 200 milhões de pessoas, se liga.
Que eu saiba, todo refugiado, em outro país, é um imigrante. Se liga, cara. Olha a quantidade de judeus que ganharam prêmio Nobel nos EUA depois de se refugiarem lá durante a segunda guerra. E veja que os primeiros a sair de uma área de guerra são aqueles com mais recursos, com ensino superior e tudo mais.
Ah! EUA tem 400 milhões. Números não querem dizer nada.
cara o fato é que não precisamos de mais gente aqui, vai acreditando em coelhinho da páscoa vai. 320 milhões.
Aprendi contigo que os EUA tem 400 milhões de habitantes.
“Aí, como sou esperto, deixando de comentar a parte importante da discussão e desclassificando o outro porque usou um número maior que o real. Eu sou mesmo muito esperto!” – Eric Fernando, em um momento de iluminação
Me orgulho muito de ver o Brasil tomando iniciativa dessa natureza, dessa importancia. É auspicioso, o nosso país tem jeito sim e pode ser um país de muita humanidade, generosidade, grandeza, um país de futuro nobre, grandioso.
Perfeito, e não víamos gestos desse tipo durante o governo petista, pelo contrário!
Lembra daquele episódio em que, em 2007, Lula demonstrando grande ausência de humanidade, negou refúgio a dois boxeadores cubanos que tentaram fugir da ditadura da ilha-presídio? Ou quando o governo petista fez o diabo para que o senador boliviano, perseguido pelo cocaleiro e tiranete Evo Morales, não pudesse ficar no Brasil? O PT, alinhado com uma agenda ideológica, quando se tratava de aliados internacionais, estava disposto às maiores barbaridades. Essa, aliás, é uma tradição histórica da esquerda no Brasil, que remonta a Getúlio mandando Olga Benário aos campos de concentração nazistas.
Com a queda do governo esquerdista, podemos esperar muito mais humanismo, pois tarados ideológicos estão preocupados com uma utopia, não com o próximo.
Assim como os apátridas devem poder se naturalizar, por consequência lógica, os nacionais que traiam a nação deveriam se tornar apátridas, perder todos os direitos inerentes à nacionalidade. Gente que cometesse crime de corrupção, por exemplo.
estes aí poderiam ser enviados para venezuela, só passagem de ida.
Teriam a oportunidade de viver no éden socialista.
Essa não é uma má ideia, não….