Depois de quase uma semana de incertezas, o democrata Joe Biden é anunciado agora como novo presidente dos Estados Unidos. Biden venceu na Pensilvânia, com 20 delegados eleitorais, e chegou aos 273 votos – acima, portanto, dos 270 exigidos. A vitória de Biden foi declarada pelas redes CNN e Fox News, pelos jornais The New York Times e The Washington Post, entre outros. A apuração ainda não acabou, mas o resultado é irreversível. Como o Congresso em Foco mostrou, estatísticos já projetavam a vitória de Biden desde ontem.
Biden agradeceu aos eleitores pelo Twitter e disse que governará para todos os americanos:
“América, estou honrado por ter me escolhido para liderar nosso grande país. O trabalho que temos pela frente será árduo, mas eu prometo a você o seguinte: serei um presidente para todos os americanos – quer você tenha votado em mim ou não. Vou manter a fé que vocês colocaram em mim”, postou Biden no Twitter.
America, I’m honored that you have chosen me to lead our great country.
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PublicidadeThe work ahead of us will be hard, but I promise you this: I will be a President for all Americans — whether you voted for me or not.
I will keep the faith that you have placed in me. pic.twitter.com/moA9qhmjn8
Publicidade— Joe Biden (@JoeBiden) November 7, 2020
Trump não aceita o resultado e pretende travar uma batalha jurídica. Até agora, sem sucesso. Ele é o primeiro presidente em exercício a não se reeleger desde 1992. “Todos nós sabemos por que Joe Biden está se apressando em fingir que é o vencedor e por que seus aliados da mídia estão se esforçando tanto para ajudá-lo: eles não querem que a verdade seja exposta. O simples fato é que esta eleição está longe de terminar”, afirmou Trump. O republicano não apresentou até agora nenhum indício de fraude.
Prestes a completar 78 anos ainda neste mês, Joseph Robinette Biden Jr. é o candidato mais idoso a chegar à Casa Branca. Advogado, foi vice-presidente dos Estados Unidos entre 2009 e 2017, no segundo mandato de Barack Obama. Entre 1973 e 2009, exerceu seis mandatos consecutivos como senador pelo estado de Delaware, período em que presidiu comitês no Senado.
Ele terá ao seu lado a senadora Kamala Harris, a primeira mulher a se eleger vice-presidente no país. Negra, filha de imigrantes da Jamaica e da Índia, e carismática, ela foi personagem importante na campanha pela sua influência sobre o eleitorado feminino e de origem estrangeira. “Esta eleição é muito mais do que Joe Biden ou eu. É sobre a alma da América e nossa disposição de lutar por ela. Temos muito trabalho pela frente. Vamos começar”, publicou Kamala.
Estados divididos
A eleição norte-americana foi a mais polarizada, concorrida e longa da história. Assim como no Brasil em 2018, o país sai das urnas dividido.
Até segunda-feira (2), véspera do “Dia D” da votação, mais de 95 milhões de eleitores já haviam votado antecipadamente. O número equivale a 70% de todos os votos registrados no pleito de 2016. Além de votar presencialmente, este ano os norte-americanos puderam votar pelo correio. O processo de votação durou cerca de dois meses em alguns estados. Nesta eleição, os norte-americanos também elegeram governadores e senadores.
Durante a madrugada de terça-feira (3), Donald Trump chegou a se autodeclarar vencedor das eleições e disse que vai pedir recontagem de votos em Wisconsin, onde o rival democrata ganhou por mais de 20 mil votos. Ao longo de toda a apuração, Trump usou suas redes sociais para comentar as parciais e resultados de votos. O presidente chegou a acusar o adversário de “roubar” a eleição e o Twitter acabou colocando um alerta no post indicando que a publicação poderia ter informações incorretas sobre como participar de uma eleição.
Admirador de Donald Trump, Jair Bolsonaro apoiou publicamente a candidatura do republicano. “Vocês sabem a minha posição. É clara, isso não é interferência, tenho uma boa política com o Trump, espero que ele seja reeleito”, disse o presidente ao longo dos dias de apuração.
Já o vice-presidente Hamilton Mourão adotou um tom de cautela e afirmou na terça-feira (3) que Brasil e Estados Unidos manterão as “mesmas ligações” no caso de vitória de Joe Biden.
Durante a campanha, Biden voltou sua artilharia ao Brasil. No primeiro debate o democrata chegou a ameaçar o país com sanções econômicas por conta do desmatamento e das queimadas. “Parem de destruir a floresta. E, se vocês não pararem, irão enfrentar consequências econômicas significativas” disse na época.
Em outubro, os dois países assinaram três acordos bilaterais que preveem a abolição de algumas barreiras não-tarifárias, a simplificação de procedimentos burocráticos, a adoção de boas práticas regulatórias e de medidas anticorrupção.
Na ocasião, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse que o Brasil precisa reduzir a dependência de importações da China para sua própria segurança. O comentário gerou reação imediata da embaixada chinesa. Os dois países travam uma batalha global por conta da implantação da tecnologia 5G.
Líderes mundiais reconhecem eleição de Biden. Bolsonaro ainda em silêncio
Não é por nada não, mas o Trump não iniciou e nem deu sequência a nenhuma guerra em escala mundial.
A única coisa de bem que ele fez foi mandar um drone matar aquele terrorista iraniano que era tratado pela mídia em geral como ”general” em vez de terrorista.
Já Obama e Clinton jogaram muito míssil em muita gente por aí, mundo afora.
Aliás, eu bati palma, todo mundo que tomou míssil, mereceu tomar míssil.