Levantamento do Congresso em Foco revela que apenas 77 dos 1.790 políticos eleitos em outubro se autodeclararam pretos, conforme designação utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no momento do registro da candidatura. O número representa apenas 4,3% de todos os eleitos para cargos nos poderes Executivo e Legislativo nas esferas estadual, distrital e nacional.
Eles somaram 10,7% das candidaturas (2.845) a todos os cargos disputados nestas eleições e foram eleitos senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Nenhum político autodeclarado preto foi eleito governador
Por lei, nesta terça-feira, dia 20 de novembro, é o Dia Nacional da Consciência Negra. A data foi escolhida em memória ao dia da morte do líder do movimento negro Zumbi dos Palmares. A lei foi sancionada em 2011 pela então presidente da República Dilma Rousseff (PT).
Na eleição de 2014, a primeira em que os candidatos foram obrigados a declarar sua cor, 3,1% dos eleitos disseram ser pretos. Apesar da discreta melhora de uma disputa para outra, os dados confirmam a sub-representação racial na política brasileira. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua trimestral (Pnad Contínua) do 3º trimestre de 2018, também do IBGE, 8,8% dos brasileiros (18.339 pessoas) se autodeclaram pretos.
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A análise comparativa entre a raça da população e a dos candidatos eleitos esbarra em imprecisões porque é definida com base na autodeclaração. O IBGE entende como população negra a soma das pessoas que se consideram pretas e pardas. Se considerado este entendimento, os negros somam 55,7% dos brasileiros, 46% das candidaturas e 27% dos eleitos.
Avanços?
De 2014 para 2018 houve aumento do número de deputados federais pardos e pretos. Há quatro anos eram 103 congressistas, no ano que vem serão 125. No Senado, em 2014 eram cinco pardos e nenhum preto. Em 2019 serão 11 pardos e 3 pretos.
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Entre os deputados federais, apenas 10 das 27 unidades da federação têm congressistas negros. São eles: Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e São Paulo. Já estados como Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul têm apenas deputados brancos.
Brancos no Poder
Nas Assembleias Legislativas a presença dos negros é ainda menor. Nos três estados da região Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), a porcentagem de políticos brancos é, respectivamente, de 98%; 97,5% e 89%. No Rio Grande do Sul, dos 55 eleitos deputado estadual, 54 são brancos.
Cinco unidades da federação não têm nenhum deputado estadual negro: Acre, Amazonas, Alagoas, Goiás, Sergipe.
ISSO SE CHAMA DEMOCRACIA… O ELEITOR PODE VOTAR EM QUEM QUISER… Acredito que as pessoas escolham seus candidatos por perfil e propostas e não por COR, GÊNERO, LACRAÇÃO, ETC.
O pior preconceito que há nesse país é o inventado. Eu votei em pessoas que vi alguma esperança de competência, não vi a cor ou sexo da pessoa. Parem de fomentar o preconceito, mídia parcial.
o MAIOR PRECONCEITO É DAQUELES QUE NÃO QUEREM VER!!!!
Acho que já passou da hora de se acabar com essa bobagem de se falar em raças; de cotas para mulheres, para negros e para índios. O cabra não é eleito pela cor da pele ou por ser baitola, mas sim porque não teve projeção suficiente para conquistar o eleitorado ou dinheiro para bancar sua campanha. Alguém que seja preto, mulher, índio ou baitola será eleito se conquistar eleitores e tiver dinheiro para bancar a campanha. Não há dúvida sobre isso. Não existe essa conversa fiada de que o sujeito é rejeitado por ser preto ou bixa. O que existe é o fato concreto de que uma pessoa sem projeção nenhuma e sem grana não conseguir ser eleito. O resto é bobagem de quem quer fazer mimimi em cima. Isso é invenção da esquerda caviar, dos socialistas de sofá. Já passou da hora de se acabar com sistema de cotas nos moldes atuais. No máximo, que se dê mais oportunidades aos pobres, que se institua cotas para os pobres. Se tem poucos pretos ou poucas mulheres na política é porque não se candidataram, ou porque não têm eleitores para eles porque não se projetaram…
Pura insanidade, Brasil sempre andando para trás e por força das bestialidade. Bora produzir e parar de babaquice.
Parece que o objetivo destas informações é gerar preconceitos. Antes de mais nada, o que interessa se o eleito é ou não negro, branco verde, azul? Qualquer cidadão pode se candidatar e cabe aos eleitores decidir que os representa. Se a quantidade de candidatos negros e brancos é mais ou menos o mesmo percentual, é porque muitos negros votaram nos brancos. Evidente que prefiro acreditar que os eleitores, negros ou brancos, não votam pela cor do candidato e sim pelas suas propostas, sua conduta ética e moral e compromisso com o pais e os brasileiros de qualquer raça. Quanto estivermos elegendo candidatos pela cor, pelo sexo, pela religião, etc. é hora de acabar com a democracia. Lamentável que estas “estatísticas” que não levam a melhorar absolutamente nada sejam feitas.