Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (17) para divulgar o balanço do Enem de 2019, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, comentou a ausência de questões sobre a ditadura brasileira. Ele destacou que a prova não teve cunho ideológico.
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Ao ser questionado por jornalistas sobre a ausência de menções à ditadura militar brasileira no exame, Weintraub disse que o tema “não está pacificado” e, por isso, não constou na prova.“No Brasil, existe ainda uma coisa não pacificada sobre como foi a ditadura militar”, esclareceu.
Depois disso, ainda reforçou diversas vezes que o Enem 2019 não teve questões de viés ideológico. “Achem uma questão ideológica do Enem do ano passado, achem um defeito do Enem passado”, perguntou o ministro aos jornalistas.
Logo no início da coletiva, Weintraub afirmou que estava satisfeito com a prova e acrescentou que este foi “o melhor Enem de todos os tempos”. “Não teve polêmica, foi tudo muito aceito. A gente não teve problema operacional nenhum a cargo do MEC [Ministério da Educação]. A única coisa que houve, pontualmente, foi uma tentativa de sabotagem, uma pessoal que já está com a Polícia Federal. Então não prejudicou nada”, disse.
Weintraub também comparou a primeira prova realizada na gestão Bolsonaro com as edições anteriores. “Na época do PT tinha um milhão de vazamentos, problemas, escândalos, questões polêmicas sobre dialetos, de não sei o quê, coisa feia”, alegou.
Prova digital
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, também esteve presente na coletiva. De acordo com Lopes, o ministério realizará neste ano de 2020 uma versão digital do Enem. A aplicação do exame será opcional e a estimativa inicial é de 50 mil participantes, podendo chegar aos 100 mil. As provas ocorrerão nos dias 11 e 18 de outubro, antes do Enem tradicional, marcadas para os dias 1º e 8 de novembro. A implantação do Enem Digital será progressiva, com previsão de consolidação em 2026.
“O aluno vai optar entre uma das versões do Enem. A orientação do jurídico [do Inep] é que a escolha seja por ordem de inscrição. O exame vai ser aplicado em 15 capitais, o candidato vai selecionar a cidade e vai pedir a inscrição, se tiver a vaga ele se inscreve, se não tiver ele será direcionado para fazer a inscrição no Enem tradicional”, informou Lopes.
*Com informações da Agência Brasil
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Falou o ministro que comete erros grosseiros de português, a única coisa que não está pacificada é sua relação com o idioma de sua nação.