A líder da bancada feminina no Senado, Simone Tebet (MDB-MS), criticou, em entrevista ao Congresso em Foco, os “jabutis” incluídos pela Câmara na MP 1.031, da privatização da Eletrobras, e apontou como preocupação os senadores retirarem esses trechos e, depois, a Câmara recolocá-los. A MP tem até dia 22 para ser aprovada, ou perde a validade.
O governo defende a aprovação da medida no Senado o mais rápido possível, como veio da Câmara. Para isso, escalou como relator o senador Marcos Rogério (DEM-RO), um de seus principais aliados, que prometeu presentar seu parecer ainda nesta semana.
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“O governo está na mão do Centrão, quer entregar para o mercado qualquer coisa para dizer que está forte, não tem coragem de falar o que pensa. Isso que dá fazer reformas e privatizações com o governo frágil”, criticou.
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A senadora argumenta que a MP editada pelo governo “não era boa, não era ideal, mas era passável”. “O que fez a Câmara? Num plenário virtual, numa pandemia, a toque de caixa, incluiu interesses de lobbies ilegítimos, com nome e sobrenome, com endereço fixo conhecido”, afirmou.
Tebet se refere principalmente à inclusão de trecho que obriga a contratação de termelétricas, considerada por ela grande retrocesso. Ela afirma que o texto “só atende a meia dúzia” e não agradou a ninguém do setor produtivo, além de elevar o custo ao consumidor.
Uma possibilidade defendida por um grupo de senadores é que o Senado deixe a medida caducar, e o governo se comprometa a enviar novo texto, sem os “jabutis”. Versão esta que poderia ser aprovada rapidamente pelas duas Casas, na avaliação de Simone Tebet.
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