O setor de eventos vive a pior crise de sua história no Brasil. Desde o início da pandemia, a suspensão de atividades como o carnaval, shows artísticos, festas agropecuárias e congressos, entre outras, levaram o setor a deixar de faturar R$ 91 bilhões e a eliminar 400 mil empregos nos últimos 11 meses. Para amenizar as perdas, o Congresso deve votar, entre esta e a próxima semana, uma proposta que prevê o refinanciamento de débitos das empresas de eventos com o governo federal, redução de impostos a 0% por 60 meses, prorrogação do auxílio emergencial para os funcionários até o efetivo funcionamento das atividades e linhas de crédito específicas de fomento.
O projeto de lei que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) está na pauta da próxima quinta-feira (18) da Câmara, onde tramita desde a semana passada em regime de urgência, após aprovação de requerimento que recebeu o apoio de 385 deputados. A votação depende de últimos ajustes feitos pelo Ministério da Economia. “Estamos pleiteando crédito carimbado para esse setor. Quem tem instrumento para fazer isso é o próprio governo, que tem o cadastro de todas as empresas, micro, pequenas, médias e grandes”, diz o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), autor da proposta.
O governo anunciou na semana passada investimento de R$ 406 milhões no setor por meio de linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Estamos trabalhando para alinhar as medidas do governo com o projeto do Congresso, se esses R$ 406 milhões serão usados como crédito ou como fundo de aval”, explicou o presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Evento (Abrape), Doreni Caramori Jr.
Os recursos foram anunciados na última terça-feira pelos secretários de Cultura, Mário Frias, e de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciuncula, com o objetivo de permitir a contratação de crédito para trabalhadores do setor de cultura, entretenimento e eventos, com carência de dois anos e juros de 0,8%. A utilização dos recursos, bem como o projeto de Carreras, tem o aval do presidente Jair Bolsonaro, que recebeu o autor da proposta e dirigentes do setor na semana passada.
Segundo Doreni, além dos 400 mil empregos perdidos, outros 400 mil estão em risco, porque 97% do setor parou desde o início da pandemia. Apenas com o cancelamento do Carnaval, a estimativa é que o setor deixe de faturar R$ 8 bilhões. “Se não tiver liquidez com crédito, as empresas vão fechar as portas. Se as pessoas não acessam crédito, começam a ter problema de ordem legal. As medidas de desoneração são necessárias para pagar o crédito depois”, afirma Doreni.
O setor movimenta de 2% a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), reúne 72 mil empresas e emprega 2 milhões de pessoas, direta e indiretamente. “É preciso reconhecer a individualidade desse setor em relação aos demais. É incomparável o que acontece com eventos e os demais. Todos voltaram com limitações. Mas o nosso setor ficou paralisado por determinação governamental. Ele precisa de uma medida específica”, defende o presidente da Abrape.
Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Produção Cultura e do Entretenimento, Felipe Carreras diz que as maiores restrições impostas ao setor por causa da pandemia, com a proibição de realização de grandes eventos, dificulta a concessão de crédito bancário, já que outras atividades, como o agronegócio, cresceram nesse período. “Quem vai emprestar dinheiro para quem está parado?”, questiona Carreras.
Veja os principais pontos do projeto de apoio ao setor de eventos:
Estabelece ações emergenciais e temporárias destinadas ao setor de eventos.
Cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), com o objetivo de criar condições para que o setor de eventos possa mitigar perdas oriundas do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020.
As empresas do setor de eventos que aderirem ao Perse poderão parcelar os débitos na Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Fazenda, na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e no Banco Central do Brasil, e os débitos com o FGTS e as Contribuições Sociais vinculadas ao FGTS mesmo se forem optantes do Simples Nacional.
A dívida objeto do parcelamento será consolidada, no âmbito de cada órgão responsável pela cobrança, na data do pedido, e deverá ser paga em até 120 (cento e vinte) parcelas iguais e sucessivas, sendo a primeira parcela para o último dia do mês em que houver a permissão para que a empresa retome suas atividades, com redução de 70% das multas, 70% dos juros e 100% dos encargos legais.
Ficam reduzidas a 0% por 60 meses, desde o início da produção de efeitos da lei, as alíquotas das Contribuições Sociais para o Pis/Pasep, Cofins, CSLL e o ISS, incluindo os optantes do simples nacional, incidentes sobre as receitas decorrentes das atividades de eventos.
Ficam prorrogados os efeitos do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e da Lei nº 14.046, de 24 de agosto de 2020 (MP 948/20), no que tange ao setor de eventos até o efetivo retorno sem restrições de atividades.
Ficam as instituições financeiras federais obrigadas a disponibilizar especificamente para as empresas do setor de eventos:
I – linhas de crédito específicas para o fomento de atividades, capital de giro e para a aquisição de equipamentos; e
II – condições especiais para renegociação de débitos que eventualmente essas empresas tenham junto a essas instituições.
Essas linhas de crédito deverão ser ofertadas com prazo não menor do que 144 meses, em 120 parcelas mensais reajustadas pela taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) adicionadas de no máximo 3,5% de juros ao ano.
Essas linhas de crédito terão carência de 24 meses.
As linhas de crédito serão de no mínimo 10% e no máximo 30% da receita bruta anual calculada com base no exercício de 2019, salvo no caso das empresas que tenham menos de um ano de funcionamento, hipótese em que o limite do empréstimo corresponderá a até 50% do seu capital social ou a até 30% de 12 vezes a média da sua receita bruta mensal apurada no período, desde o início de suas atividades, o que for mais vantajoso.
Suprime-se a garantia de empregos instituídos no programa emergencial de emprego e renda, mas aumenta o BPC para até 100% no caso de manutenção do emprego, ou seja se aprovado em acordo ou convenção coletiva o empregador pode não pagar até 100% do salário e o trabalhador receberá o mesmo montante do BPC.
Presidente do Senado fala em auxílio emergencial “até junho”
As propostas foram muito bem elaboradas. Como vivemos um momento de total DESGOVERNO, o que estamos presenciando agora é uma enxurrada de eventos ilegais na prática, mas sem fiscalização. Se realmente houvesse fiscalização e uma atuação conjunta entre governo federal, governadores e prefeitos para promover novas restrições a fim de preparar o terreno para uma efetiva vacinação em massa, tais propostas são justas, pois milhões de trabalhadores do setor perderam seus empregos. Mas sabemos que Bolsonaro ajudando o povo brasileiro é uma utopia. O máximo que ele fará é um churrasco fechado bancado com nosso dinheiro e com cantores sertanejos millionários pedindo ajuda ao mito. Ops, Bolsonaro já fez isso hahahaha
Eventos ilegais?
Mas nossa!
Logo os gays, que são tão esclarecidos, intelectualmente superiores, políticamente orientados, fazendo festinha de queima-r0sc@ clandestina!
Aquele filósofo é que estava certo mesmo.
“Ainda bem que apareceu esse vírus aí”.
Cancelou o carnaval do estado, se quiser participar do carnaval agora, só comprando ingresso para o bate-estaca no ”sitio dos barbudinhos intelectuais oprimidos”
Amanhã mesmo, findo essa porcaria, os prefeitos com a grana do IPTU já no bolso, podem começar a trabalhar para melhorar as cidades, que estão um lixo.
E investir o dinheiro que sobrou do carnaval principalmente na saúde e educação.
Muito engraçado.
O bi China comentador de ”enredo de escola de samba” da Grobo esse ano não tem o que fazer….kkkkkkkkk
Aí fica dançando….kkkkkkkkk
Imagina o que não vai ter de malandro ganhando dinheiro com isso?
Governo financiando empresa de carnaval é mesmo uma ótima ideia.
Que tal passar a fazer dois carnavais por anos?
É uma ideia melhor.
sua visão sobre “setor de eventos” é tão rasa que chega a ser engraçada
Isso é igual à copa do mundo, depois que passa, ”deixa legados”.
Os governos gastam centenas de milhões pelo país afora, para o povo extravasar e alguns, tipo Globe, Anita, Preta, Vevete e etc ganharem rios de dinheiro.
Aqui no Rio, as calçadas e as ruas estão cheias de buracos, luzes e sinais apagados por falta de manutenção, a cidade cheia de moradores de rua e o prefeito lamentando que não viu a ”mangueira entrando”.
Quer ver a mangueira entrar, pega o namorado dele e faz particular.