A ex-presidente Dilma Rousseff criticou o papel da imprensa na cobertura das declarações do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos na defesa de ditaduras e atos de tortura. Em nota divulgada nesta tarde (veja a íntegra mais abaixo), em resposta a pedido do jornal O Estado de S. Paulo, Dilma afirma que não se surpreende com a ameaça feita esta semana pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de uma possível volta do Ato Institucional 5 (AI-5), o mais duro do regime militar brasileiro.
Segundo ela, o que surpreende é a passividade e até a cumplicidade de parte da imprensa brasileira ao longo dos anos em relação ao discurso da família Bolsonaro. Algo que, ressalta, vem de muitos anos. A mídia, diz ela, sempre fez vista grossa ao crescimento do “neofascismo bolsonarista”.
“Antes das eleições não havia dúvidas a respeito. Durante as eleições e depois dela, muito menos, pois têm se expressado contra a democracia e os princípios civilizatórios em todas as oportunidades que tiveram”, escreveu a petista no texto intitulado “Sobre os surtos neofascistas e a covardia”.
Leia também
Para Dilma, nunca houve reação à altura por parte dos principais veículos de comunicação do país às ameaças feitas por Bolsonaro e filhos contra a democracia.
“O grave é que nunca receberam da imprensa a oposição enérgica que mereciam. Ao contrário, acredito que a imprensa fez vista grossa ao crescimento do neofascismo bolsonarista, porque este adotara a agenda neoliberal”, afirmou a ex-presidente, afastada do cargo após processo de impeachment em 2016. “Na verdade, em prol da realização da agenda neoliberal, na melhor hipótese se auto iludiram, acreditando que poderiam cooptar ou moderar Bolsonaro. Mas a defesa do AI-5 e da ditadura sempre esteve lá”, ressaltou.
Dilma citou vários episódios em que Bolsonaro e Eduardo defenderam a ditadura, como no caso em que o filho do presidente afirmou que bastava um cabo e um soldado para fechar o Supremo e nas vezes em que ambos homenagearam o coronel Brilhante Ustra, condenado por tortura. A ex-presidente foi presa e torturada durante a ditadura militar.
PublicidadeA petista ainda fez uma crítica direta ao jornal O Estado de S. Paulo: “É estranho que me perguntem o que eu acho da última declaração sobre o AI-5, pois a minha vida toda lutei, e continuo lutando, contra o AI-5, seus assemelhados e seus defensores. O Estadão, que me faz esta pergunta, também deve e precisa responder, pois sua posição editorial tem sido, diga-se com muita gentileza, no mínimo ambígua diante da ascensão da extrema direita no país”.
E acrescentou:
“Quem nunca questionou as ameaças da família Bolsonaro com a firmeza necessária e que, em nome de uma oposição cega, covarde e irracional ao PT, se omitiu diante do crescimento do ódio e da extrema-direita, tornou-se cúmplice da defesa canhestra do autoritarismo neofascista”.
Veja a íntegra do texto assinado pela ex-presidente:
“SOBRE OS SURTOS NEOFASCISTAS E A COVARDIA
Dilma Rousseff
Ninguém, dos órgãos de imprensa, pode se declarar surpreendido pela manifestação do deputado Eduardo Bolsonaro a favor do AI-5. Na verdade, ninguém pode se surpreender porque já houve seguidas manifestações contra a democracia por parte da família Bolsonaro. Defenderam a ditadura militar e, portanto, o AI-5; reverenciaram regimes totalitários e ditadores; homenagearam o torturador e a tortura; confraternizaram com milicianos. Desde sempre pensaram e agiram a favor do retrocesso. Antes das eleições não havia dúvidas a respeito. Durante as eleições e depois dela, muito menos, pois têm se expressado contra a democracia e os princípios civilizatórios em todas as oportunidades que tiveram.
O grave é que nunca receberam da imprensa a oposição enérgica que mereciam. Ao contrário, acredito que a imprensa fez vista grossa ao crescimento do neofascismo bolsonarista, porque este adotara a agenda neoliberal. É que, além das pautas neofascistas, a extrema direita defende a retirada de direitos e de garantias ao trabalho e à aposentadoria; as privatizações desnacionalizantes das empresas públicas e da educação universitária e a suspensão da fiscalização e da proteção ambiental à Amazônia e às populações indígenas. Não é possível alegar surpresa ou se estarrecer diante da defesa do AI-5. Na verdade, em prol da realização da agenda neoliberal, na melhor hipótese se auto iludiram, acreditando que poderiam cooptar ou moderar Bolsonaro.
Mas a defesa do AI-5 e da ditadura sempre esteve lá.
Vamos novamente lembrar, o chamado filho 03, que agora diz que considera o AI-5 necessário, é o mesmo que, há algum tempo, disse que “um soldado e um cabo” bastavam para fechar o STF. Óbvio que sem o poder coercitivo de um AI-5, isto nunca seria possível.
O presidente, então ainda deputado, proferiu no plenário da Câmara um voto em que homenageou um dos mais notórios e sanguinários torturadores do regime militar. Aquele coronel só agiu com tal brutalidade contra os opositores do regime militar porque estava protegido pelo AI-5.
Jair Bolsonaro afirmou em entrevista que a ditadura militar cometeu poucos assassinatos de opositores políticos. E que os militares deviam ter matado “pelo menos uns 30 mil”. Também afirmou, na campanha do ano passado, que, se vencesse a eleição, só restariam dois caminhos aos petistas – o exílio ou a prisão – e de que maneira isto seria possível sem a força brutal de um ato institucional como o AI-5?
É estranho que me perguntem o que eu acho da última declaração sobre o AI-5, pois a minha vida toda lutei, e continuo lutando, contra o AI-5, seus assemelhados e seus defensores. O Estadão, que me faz esta pergunta, também deve e precisa responder, pois sua posição editorial tem sido, diga-se com muita gentileza, no mínimo ambígua diante da ascensão da extrema direita no País.
Quem nunca questionou as ameaças da família Bolsonaro com a firmeza necessária e que, em nome de uma oposição cega, covarde e irracional ao PT, se omitiu diante do crescimento do ódio e da extrema-direita, tornou-se cúmplice da defesa canhestra do autoritarismo neofascista.”
Vocês juram? Que foi ela mesmo que escreveu tudo isso? Kkkkkkkkkkk
or que não te calas, di uma figa?
O presidente Bolsonaro ataca a imprensa podre, como foice, globolixo, uol, estadão, veja, istoé,
Não adianta espernearem.
BOLSONARO 2022, 2023, 2024, 2025, 2026
Dilma, ainda que na sua pouca intelectualidade não disse nada que não fosse a mais absoluta verdade.
Bolsonaro não passa de um idiota fanfarrão, que se deixarem vai transformar em pó o país.
IMPEACHMENT ONTEM deste calhora e suas triienas.
Vai aprender o que é fascisco antes de falar besteira sua anta. E vai aprender a falar tb, porque suas idiotives como estocar vento e tantas outras que nem estudante de primário fala, já conhecemos bem seu intelecto de ostra.
CALA A BOCA VAGABUNDA
Não sou a favor do AI-5 mas Não sou contra por causa dos esquerdistas. Esses sim acabam com qq nação, tanto Economicamente qto Moralmente..
O AI-5, poderia ser um bom caminho para acabar com os bandidos do congresso e do judiciário.
Façam um plebiscito, para saber se a população brasileira aprovaria uma intervenção militar.
Vocês têm coragem?
“Eles” não tem coragem…eu tenho e coloco em pauta prisão perpétua tb..
Desculpem a pergunta, mas para quem estoca vento, como definir neoliberalismo?
Sei, sei….
Uma comunista, terrorista, ladra, assaltante, submissa aos ditadores de Cuba e Venezuela, entre outros países, para os quais, durante seu governo subtraiu os cofres públicos brasileiros, deixando o país na maior crise de toda história do mundo.
A hora dessa estocadora de vento está chegando. Não vai adiantar nada a retirada de seu nome e do chefão “nine fingers” no pedido de indiciamento no relatório final da CPI do BNDES, pois as investigações, assim que iniciarem, vão incluí-la e aí a justiça se fará.
Na matéria tem uma Fake News. Durante os governos civis-militares, presa ela foi e não à toa (terrorista, assaltante, ladra), mas “torturada”, é falso!
Você esqueceu: SEQUESTRADORA E INCOMPETENTE.
Sem esculachar mas não serviu nem pra bucha de canhão..kkk
Obrigado pela lembrança!
Falha nossa.
A Dilma Sapiens incompetente, fora a desonestidade típica da cambada da seita maligna (PT), mal sabe onde tem o nariz. Desprezível e corrupta. Apenas mais uma peça do jogo maquiavélico da esquerda sabotadora.