O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) defendeu nesta quinta-feira (19) que a produção pecuária deveria ser permitida em terras indígenas para diminuir o valor da carne. “O preço da carne subiu. Nós temos de criar mais bois aqui, para diminuir o preço da carne e eles podem criar boi”, disse na entrada da residência oficial, segundo a Folha de São Paulo.
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O presidente afirmou que pretende regulamentar a agricultura e pecuária comerciais em terras indígenas, no projeto que libera a atividade de mineração nessas localidades. O envio do projeto que trata do assunto ao legislativo ficou para o próximo ano.
O comentário de Bolsonaro foi feito ao cumprimentar dois indígenas, que estavam na porta do Palácio do Alvorada. “O índio vai poder fazer em sua terra o que o fazendeiro faz na dele”, disse. “Se quer pegar a sua terra e arrendar para alguém plantar soja ou milho, faça isso, respeitando a legislação nossa”, completou.
Segundo o relatório da Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o número de invasões a terras indígenas vem crescendo nos últimos anos, em 2018 o número de invasões foi 111 e em 2019 subiu para 160 casos.
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Uma notícia redigida com viés estupidamente tendencioso para enganar as pessoas de bem.
Pela legislação atual o índio não pode fazer rigorosamente nada em suas terras, o que a nova lei proposta dispõe é que: as tribos detentoras das reservas, passem a ter o direito (QUE REPITO NÂO TINHAM) de definir a utilização/destinação adequada das suas áreas. Se a comunidade indígena não quiser fazer nada com suas terras e viver exclusivamente do extrativismo ou da caridade é exclusiva opção deles e não uma limitação legal.
Isso é uma verdadeira piada
ou o Brasil acaba com este facínora ou em breve tudo servirá de pasto para o gado que o elegeu.
No contexto da conversa, em que estavam presentes representantes indígenas, no seu todo iguais a quaisquer outras pessoas da nossa sociedade, sendo inclusive o homem presente bacharel em direito e professor de matemática, ao que o Presidente se referiu foi à oportunidade que o momento expressa em relação à expectativa econômica, face aos preços favoráveis, para quem planta soja ou milho ou cria bois e que poderia estar sendo aproveitada pelos indígenas, não fora a legislação em contrário. A verdadeira notícia não é que essa criação de bois pelos indígenas fosse baixar os preços da carne, e sim que esses preços altos também lhes dariam bom retorno neste momento, se os indígenas pudessem exercer a pecuária, ou a agricultura, em termos excedentes à sua agricultura de subsistência, termo (subsistência) que tem sido amplamente interpretado como de sub-existência pelas autoridades incompetentes e suas leis anacrônicas, que remetem o indígena ao tempo das cavernas. É a essa alforria, dessa legislação tacanha que impede o desenvolvimento das comunidades indígenas, que o Presidente se referiu, não à interpretação infeliz de resolver o preço da carne com a pecuária em reservas indígenas, a que maliciosa e forçadamente tenta levar a entender o texto acima.
Sujeito bitolado, sem noção.