Para a Polícia Federal, após um mês de investigação sobre o esquema de candidaturas laranjas com uso de verba pública eleitoral, envolvendo o PSL de Minas Gerais, existem elementos que indicam a participação do atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, no caso. O ministro era presidente estadual do partido na época da eleição. A investigação está sob sigilo e não tem prazo para terminar. O próximo passo deve ser identificar a participação do ministro em eventuais ações criminosas que podem ser classificadas como falsidade ideológica e até lavagem de dinheiro.
As informações são do jornal Folha de S.Paulo e foram publicadas nesta sexta-feira (5). O caso foi revelado em fevereiro. Marcelo Álvaro Antônio nega irregularidades. De acordo com o jornal, a suspeita sobre a participação do ministro no esquema que repassava dinheiro do fundo eleitoral para candidatas laranjas, que depois devolveriam os recursos à legenda, está baseada em depoimentos, áudio e documentos obtidos pela Polícia Federal.
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Quatro mulheres suspeitas de terem sido usadas como laranjas já foram ouvidas pela PF e também negam irregularidades. Os depoimentos de mais duas pessoas são esperados para os próximos dias.
Também existe a suspeita de que o esquema ocorreu no PSL de Pernambuco, onde está o grupo político do atual presidente nacional da legenda, Luciano Bivar. Uma candidata que recebeu 274 votos nas eleições do ano passado foi beneficiária da terceira maior parcela do fundo eleitoral destinada para candidatos pelo partido, R$ 400 mil.
As suspeitas sobre o esquema de candidaturas laranjas causou a queda de Gustavo Bebianno, que era secretário geral da Presidência da República e foi presidente nacional do PSL durante a campanha eleitoral de 2018. O presidente Jair Bolsonaro já comentou que as suspeitas sobre o ministro do Turismo desgastam o governo, mas afirmou também que vai esperar a conclusão da investigação da PF para tomar decisão sobre o destino de Marcelo Álvaro Antônio.
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