Para o presidente da ADPF, Marcos Leôncio Souza Ribeiro, a organização das quadrilhas criminosas como se fossem empresas é uma das novidades dos tempos modernos, que tornam mais difícil o seu combate. O caso do esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira, descoberto nas Operações Vegas e Monte Carlo, é emblemático desse novo estilo de crime. Até ser descoberto, Cachoeira era tratado como empresário. As investigações da Polícia Federal depararam com um esquema sofisticado, com diversas ramificações e capacidade de influência em governos e na Justiça.
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Combater tal realidade implica uma modernização de métodos e ferramentas que não estavam previstas quando foram criadas a maior parte das leis e códigos que tratam da atividade criminal no país. As leis, assim, precisam ser revistas para que se tornem capazes de atacar essa nova realidade. É essa necessidade que a ADPF quer estimular ao apoiar a categoria “Combate ao Crime Organizado” no Prêmio Congresso em Foco.
“O Brasil não está estruturado para combater o crime organizado”, diz Leôncio. Segundo o presidente da ADPF, há várias leis modernizadoras que estão paradas no Congresso e precisam ser aprovadas. “Há, porém, parlamentares preocupados com isso, e queremos distingui-los”, diz Leôncio.
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