Em meio a uma pandemia e a um cenário pouco favorável à economia, a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip) se junta a outras organizações voltadas para a defesa dos servidores para enfrentar a proposta de reforma administrativa que tramita no Congresso.
Segundo o presidente da entidade, Décio Bruno Lopes, uma mobilização nacional, que está prevista para ocorrer no próximo dia 24, tem como objetivo chamar a atenção dos congressistas para que a PEC 32/2020, que dentre outras coisas, congela salários e contratações de servidores não avance no plenário.
“Nós fizemos frente à PEC 186, a chamada PEC da Emergência Fiscal, e não conseguimos impedir que os salários dos servidores passassem 15 anos sem sofrer reajuste. Mas seguimos exigindo condições dignas de trabalho para a manutenção dos serviços e para a continuidade das políticas públicas para toda a população. A reforma administrativa não é o caminho”, ressalta Décio em entrevista ao Congresso em Foco.
O auditor diz que, com o aval do governo, o servidor e o serviço público têm sido colocados
como motivadores de entraves para a economia. Porém, ressalta ele, sem o serviço público, o país estaria em uma situação ainda mais grave de calamidade pública.
“Os serviços públicos estão trabalhando diuturnamente em meio à pandemia para que o Estado brasileiro não pare, os serviços continuem girando e a população tenha acesso aos serviços com o mínimo de qualidade”, explica.
A reforma administrativa, que ainda será votada na Câmara, conheceu nesta semana seu relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O deputado Darci de Matos (PSD-SC) está trabalhando na elaboração de seu parecer, que será pela admissibilidade da proposta de emenda constitucional. O presidente da Anfip ressalta que a ideia que o governo tem de que a folha de pagamento do serviço público é um entrave para a economia é errônea.
“Na verdade, a reforma traz grandes dificuldades para o Estado, pois dificulta a realização de concursos públicos e possibilita a terceirização ampla”, diz. Décio Lopes afirma que a contratação de serviços terceirizados não diminuirá as despesas.
“Dependendo da contratação, as empresas prestadoras de serviço têm finalidade lucrativa e
esses contratos podem, inclusive, ser superfaturados e poderão trazer despesas maiores do
que a contratação direta dos servidores”, observa.
Décio Lopes avalia que este não é o momento ideal para que o governo desestimule os servidores públicos. “O Congresso Nacional deveria estar preocupado com o fomento de políticas produtivas, em aquecer a economia, em traçar planos de incentivos fiscais para empreendedores e para a população. O investimento deveria acontecer para gerar emprego e renda. É isso que se espera do governo em um momento como esse”.
Prêmio Congresso em Foco
Antiga parceira, a Anfip apoia o Prêmio Congresso em Foco 2021. A premiação, uma das mais aguardadas do calendário político de Brasília, ocorrerá este ano em 21 de outubro, quando serão conhecidos os deputados e senadores que, na avaliação do público, de jornalistas e de um júri especializado, melhor representam a população no plenário.
“A importância do Prêmio Congresso em Foco está na divulgação daqueles parlamentares que se destacaram mais nas questões relacionadas ao serviço público, à economia. São aqueles que realmente fazem um trabalho destinado à melhoria do serviços e das condições de sobrevivência da população e do Estado brasileiro”
Thaís Rodrigues é repórter do Programa de Diversidade nas Redações realizado pela Énois – Laboratório de Jornalismo, com o apoio do Google News Initiative.
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Faz parte do imaginário popular brasileiro demonizar o servidor público, sem distinguir os concursados dos comissionados. Isso é uma ideia disseminada pelos políticos, que odeiam o servidor concursado porque não pode ser demitido para dar lugar aos seus apadrinhados. Com isso, o político perde mais alguns milhões em RACHADINHAS que poderiam estar usufruindo caso o servidor concursado pudesse ser demitido. E quem cai nesse discurso furado tbm revela um enorme recalque, pois sabe que pra passar num concurso público é 100x mais difícil que um vestibular. Meritocracia que se chama, né?
No mais, nesse país de corruptos e espertos, o concurso público é o ÚNICO emprego estável.
Alguns concursos são manipulados.
Tipo assim, o concursado vai para o concurso com o gabarito da prova no bolso e passa ele a limpo na hora.
E é aprovado.
Isso só acontece em concursos do alto clero do Judiciário, que tem até prova oral. Nos demais, são as instituições contratadas – como CESPE e UNB – que estão com seus nomes em jogo, caso haja fraude. Se informe melhor
https://www.conjur.com.br/2020-mar-02/tj-sp-condena-21-pessoas-prisao-fraude-concursos-publicos
http://concursos.correioweb.com.br/app/noticias/2018/12/26/noticiasinterna,38963/devido-a-fraudes-recentes-concursos-vivem-crise-de-credibilidade.shtml
O auditor tem razão. O serviço público não é o “entrave” para a economia do país.
Na verdade é o “CÂNCER”!
Num país de miseráveis, onde só os políticos querem viver como reis, e o povo paga a conta caladinho, o serviço público é ainda a única porta que possibilita a qualquer um do povo, ter uma vida mais digna, demonizar isso, é acabar com as esperanças daqueles(POVO), que não tem outra alternativa senão estudar e estudar, na esperança de entrarem para o serviço público e assim poderem proporcionar para suas famílias uma vida digna.
Mais ou menos.
Quando o concurso é pra valer, passa no concurso quem tem a melhor base de estudo, que não são os pobres que estudam nas escolas públicas.
Quando o concurso é armado, e tem um monte, aí passam os que eles querem, que normalmente já não são pobres.
Tipo parente de juiz, de desembargador, etc.
Lewis, comentei sobre isso acima. Sobre esse Valdir, nem perde seu tempo, é perfil fake pago pelo bozo
Só os políticos querem viver como reis?
Não, caro. Os servidores públicos, com raras exceções, querem viver como reis. Querem altos salários, aposentadorias gordas, benesses e privilégios que os miseráveis do país sequer imagina que está bancando com o suor de seu trabalho.
Só diga como os servidores publicos estão ajudando esse povo miserável?
Estão em casa, recebendo 100% de seus salários, ameaçando caso o Congresso tente reduzir seus salários durante a pandemia, como acontece com o trabalhador da iniciativa privada, ameaçando greve se forem obrigados a voltar a trabalhar presencialmente, etc.
VERDADEIRO CÂNCER!