*Fernando Djavan
O principal desafio da sociedade brasileira é desenvolver uma agenda econômica, social, cultural e política de reconstrução do Brasil. Mesmo que isso passe por alianças amplas com forças partidárias outrora divergentes. Por vezes, essas alianças se mostram necessárias para encerrar um período de contornos nazifascistas, associados com visões neoliberais coniventes com a barbárie.
Para dar sustentação a esta virada de página, ativistas sociais de todo o país, articulados com grupos de oposição, estão construindo os Comitês Populares de Luta, despertando a cidadania ativa pela redemocratização do país em todas as dimensões cabíveis. É uma ação do PT que precisa ser conduzida com atenção, caso o partido pretenda atingir o seu objetivo de ampliar a base no Congresso.
Esse ativismo social e essa cidadania ativa são as pontes para conquistar corações e mentes. São também plataformas para construção de narrativas coerentes e que permitam eleger, com base nestes Comitês Populares de Luta, uma forte bancada progressista no Congresso, com foco na renovação da representação política.
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Em todo o Brasil, o partido tem conseguido ampliar, a cada dia, o número de pré-candidaturas de negros, mulheres, LGBTs, povos indígenas e jovens. Pessoas que resgatam a lealdade original no PT aos trabalhadores e aos mais pobres. Um movimento fortalecido com as federações partidárias de esquerda.
Além das pautas dos trabalhadores e por direitos humanos, há lugar também para a defesa dos animais, do meio ambiente e de práticas meditativas que libertem as consciências da ansiedade política com a situação nacional.
PublicidadeComo diz o cantor Djavan, na música Vesúvio:
“Quanta dor
Muita dor
Parece tarde
Falar de amizade
Ver com o coração
E desse jeito
Reparar defeito
Estendendo a mão
Amor em queda
Mesmo tal moeda
Perde cotação
Um mundo louco
Evolui aos poucos
Quem é que sabe
O quanto lhe cabe
Dessa solitude?
Por isso a hora
De fazer é agora
Tome uma atitude.”
Assim, abrimos caminho para, com nosso coração incansável há tanto tempo – em expressão do Monge Sato, de Brasília – virar o jogo a de um novo período de reconciliação, oportunidades, educação, liberdade e partilha.
Uma forma de fazer isso também é por meio da economia criativa, que ajudou tantos homens e mulheres do povo a não sucumbirem a deterioração das condições de vida.
As novas candidaturas progressistas, olhando o movimento atual da sociedade brasileira e não o burocratismo, devem ter os pés firmes na sociedade e no espírito de acelerar o fim deste ciclo o mais rápido possível.
*Fernando Djavan é produtor cultural e vice-presidente do PT de Brasília
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