Ontem, 5 de julho, o PSDB realizou, em Brasília, a sua XII Convenção Nacional, que elegeu a nova Direção Nacional do partido, presidida pelo senador Aécio Neves, reconduzido à Presidência pelas mãos dos delegados de todo o Brasil. A convenção se deu num momento importantíssimo da história brasileira, caracterizado pela maior crise das duas últimas décadas. A gravidade da situação coloca uma enorme responsabilidade nas mãos dos novos dirigentes tucanos. Na hora em que os brasileiros começam a ver o desemprego bater à porta, a inflação sair do controle, a Federação fragilizada com municípios e Estados estrangulados, o consumo e os investimentos despencando, a corrupção atingindo escala endêmica e institucionalizada, o PSDB, maior partido de oposição e contraponto ao PT desde 1994, tem a tarefa de liderar as mudanças necessárias. Conscientes de nosso papel histórico, os tucanos dos quatro cantos do país consagraram os lemas “Oposição a favor do Brasil” e “Unidos para Mudar”.
O PSDB não é um partido qualquer. Dentro do confuso e pulverizado quadro partidário brasileiro, o PSDB, entre acertos e erros, virtudes e defeitos, consolidou uma tradição e um legado ao país, que orgulha a todos nós. Temos história, princípios, ideias e uma prática transformadora que mudou o Brasil.
Lembro como se fosse hoje do nosso encontro de fundação, em 1988. Era vereador em Juiz de Fora e acompanhei com entusiasmo nossa primeira convenção, orgulhoso em seguir líderes do calibre de Franco Montoro, Mário Covas, José Richa, Fernando Henrique Cardoso, Euclides Scalco, Pimenta da Veiga, entre tantos outros. Na época, foi um gesto de coragem e ousadia, pois rompemos com o PMDB que ocupava o Palácio do Planalto e a maioria absoluta dos governos estaduais, mas se esgotara como ferramenta política para produzir avanços inadiáveis. Nascemos “longe das benesses do poder, perto do pulsar das ruas”.
Ao longo dos anos tivemos uma prática coerente e transformadora no governo FHC e em diversos governos estaduais e prefeituras. A estabilização e modernização da economia, a universalização do ensino fundamental, a consolidação do SUS, o lançamento dos programas de transferência de renda, a preparação do Brasil para um novo tempo, são marcas de nossa história.
Agora mais uma vez o PSDB é chamado a protagonizar as mudanças que a sociedade brasileira reclama. Diante de um país traumatizado pelo maior estelionato eleitoral da história, pela corrupção em escala antes nunca vista, e pela maior crise econômica desde Collor, o PSDB, tendo Aécio Neves à sua frente, tem que estreitar seus laços com a sociedade brasileira, fazer uma oposição firme e propositiva aos desmandos do PT, juntamente com nossos aliados, e assim erguer um projeto alternativo que recupere a credibilidade da economia brasileira, realinhe o Brasil com o mundo desenvolvido e democrático e devolva a esperança e a confiança aos brasileiros.
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