A democracia moderna nasceu nos escombros do feudalismo para dar vazão ao nascente capitalismo. A monarquia absolutista, as barreiras comerciais, a fragmentação territorial eram obstáculos à expansão da livre iniciativa que demandava liberdade para que empresários, trabalhadores e consumidores se movimentassem livres e descentralizadamente no mercado.
Na Inglaterra, na França e nos EUA moldou-se a democracia, com o Estado laico e liberal, eleições livres, separação dos poderes e partidos políticos como instrumentos de disputa política. Ao sistema político caberia arbitrar os conflitos e apontar os rumos.
No Brasil, temos uma democracia consolidada, mas jovem. Períodos democráticos são raros: apenas o interregno de 1945 a 1964 e a Nova República, de 1985 a 2021, podem ser caracterizados como ciclos democráticos. O Estado sempre foi forte e a sociedade frágil. O populismo, o caudilhismo, o autoritarismo, o personalismo tiveram presença central na história política brasileira.
Agora, em plena crise que se abateu sobre nós – sanitária, econômica, política e social, bastou o ministro Edson Fachin devolver a elegibilidade ao ex-presidente Lula, para fervilhar no mundo político uma absurda antecipação da sucessão presidencial, dentro da camisa de força maniqueísta da polarização dos extremos. À sociedade não interessa, neste momento, a candidatura de ninguém. As pessoas estão preocupadas com vacina, emprego, sobrevivência e auxílio emergencial.
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Descobri cedo a distância entre modelos ideais e a política real. Se dependesse de mim e das minhas convicções, já teríamos um sistema parlamentarista baseado no voto distrital misto proporcional e um quadro partidário consistente e racional. Nada mais distante de nossa realidade.
O presidencialismo americano se organiza em torno de dois grandes partidos – democratas e republicanos. Na Assembleia Nacional Francesa, há a presença de 15 partidos políticos, mas o “A República em Marcha”, do presidente Emmanuel Macron, ocupa 303 das 577 cadeiras, garantindo estabilidade e governabilidade. O Congresso espanhol tem 16 partidos, mas a dinâmica política gira em torno de quatro grandes partidos (PSOE, PP, Vox, Podemos). Na Itália, a mesma coisa, as colunas vertebrais são o Movimento 5 Estrelas, Liga Norte, PD e Força Itália. Não é diferente em Portugal, com o PS e o PSD dominando a cena.
Aqui no Brasil, a situação é sui generis. São 24 partidos representados no Congresso, sendo que o próprio presidente da República está sem partido e a fragmentação é total. Os dois maiores partidos na Câmara dos Deputados, PSL e PT, têm pouco mais de 50 cadeiras num total de 513. Qualquer governo terá imensa dificuldade de formar maioria sólida e estável.
Mas nada é tão ruim que não possa piorar. O parlamentarismo já levou duas lavadas nos plebiscitos de 1962 e 1993. Fui o autor da PEC do voto distrital misto na reforma de 2015, que precisava de 307 votos e só teve 99. Salvamos dois avanços: a cláusula de desempenho e o fim das coligações proporcionais, o que a longo prazo, esperamos racionalizar o quadro partidário brasileiro e sua representação.
Não é que o “Centrão” começou a se movimentar para acabar com esses dois pequenos avanços já em 2022 e retrocedermos à situação anterior. Como disse Tom Jobim, definitivamente “O Brasil não é para principiantes”.
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O problema não é o sistema de governo, são os partidos e seus partidários, e os jornalistas SOCIALISTAS.
Pessoas incluídas pelo Voto por Legenda, suplência, Fundo Partidário, quota para pessoas incapazes de administrar o que não lhe pertence, favorecimento Corrupto em troca de votos e financiamento de campanha.
Lembra da polêmica envolvendo a eleição do Tiririca?
Lula, Dilma, o Bolsonaro, Haddad, Aécio já não provaram que quando os PARTIDOS colocam pessoas incompetentes só prejudicam o Brasil? o próximo incompetente a prejudicar o Brasil será o Boulos ou o Huck?
Ah! e também tem a hipocrisia dos SOCIALISTAS, um exemplo são as drogas:
Os SOCIALISTAS reclamam das armas, da corrupção, mas são os próprios SOCIALISTAS e seus artistas de estimação que ao usarem drogas dão dinheiro para o traficante comprarem armas para matar, para pagar SUBORNO visando facilitar o tráfico para os artistas. Esses SOCIALISTAS sequer discutem a necessidade de usar drogas para se divertir ou criar arte, não querem ir a um psiquiatra nem ao médico ver se precisam, querem se AUTOMEDICAR com drogas como se comprassem balinha no mercado.
Por volta de 2008 reclamavam que não podiam tirar terras de alimentos para produzir biocombustível, mas olha a HIPOCRISIA SOCIALISTA, agora querem tirar terras dos alimentos para produzir essas drogas, maconha, cocaína heroína e ópio para se divertirem.
Os SOCIALISTAS reclamam do desflorestamento do Amazonas, mas se for para plantar drogas recreativas permitirão o corte de árvores para monocultura de drogas.
A mesma HIPOCRISIA SOCIALISTA ocorre dentro dos parlamentos.
Hoje o SOCIALISMO político e jornalístico visa apenas a EXCLUSÃO SOCIAL de quem não é SOCIALISTA através da FALSA DEMOCRACIA POPULAR…