A ideologização de um problema – seja ele qual for – é poderosa barreira para sua solução. Destruindo pontes e erguendo muros torna virtualmente impossível uma discussão lúcida. Desgraçadamente este fenômeno aconteceu com a questão da Amazônia.
Alguns dizem que estrangeiros a cobiçam. Outros que estamos a destruí-la. Noticia-se um genocídio da população indígena. Denuncia-se a ação predatória de empresas. Fala-se em perda de soberania.
O que há de verdade nisso tudo? Parece incrível, mas simplesmente não sabemos! O pior: vítimas da ideologização da questão, passamos a discuti-la de forma tão apaixonada quanto incompleta.
É quando humildemente sugiro, enquanto brasileiro, que as perguntas a seguir sejam objeto de amplo e aberto estudo a ser oferecido ao nosso povo – e à própria humanidade. Penso que nossas instituições e a sociedade civil organizada tem maturidade e serenidade para tal.
Vamos lá: quanto da floresta amazônica tem sido objeto de destruição? Por quem? Onde? Quando? Quais medidas foram ou estão sendo adotadas?
Quantas empresas estão explorando quais riquezas na Amazônia? Quanto pagam por isso? Quanto remetem eventuais transnacionais a título de lucros para seus países de origem? Há casos de exploração predatória ou que cause danos ao ambiente? Se sim, quais medidas foram ou estão sendo tomadas?
Quantas e quais ONGs atuam da Amazônia? Qual a origem, objetivo e fonte de financiamento de cada uma delas?
Qual a real situação da população indígena? Nosso país tem sido digno para com seus índios? Ou estes tem sido entregues à influência de estrangeiros?
A quanto monta o potencial econômico da Amazônia? É possível explorá-la de forma sustentável? Quantas patentes tiveram origem em sua fauna ou flora? Elas foram registradas por brasileiros?
Estas são perguntas objetivas – e que comportam respostas claras. Nosso país tem condições de fornecê-las de forma consistente e firme ao seu povo.
O que não pode ser é as décadas se passarem e continuarmos todos – imprudentemente – a discutir um tema tão importante com base em “achismos”, discursos e reportagens de ocasião. Há que se saber – e para ontem – quais perigos rondam a Amazônia. Afinal, como ensinava Leonardo da Vinci, “é mais fácil resistir no início do que no final”.
Aliás, suspeito que já rondamos o final…
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