Desde sempre os personagens políticos atraem escritores e cineastas a buscarem o máximo sobre a vida deles.
No Brasil, Juscelino Kubistchek teve em Ronaldo Costa Couto o mais minucioso dos pesquisadores sobre o presidente. O canal History realizou um documentário sobre a saga da construção de Brasília e os momentos políticos que marcaram a época do mandato de JK.
Documentários e filmes apresentam seus enredos de acordo com o desejo do diretor, criando verdades com o olhar que mais interessa ao roteirista e ao produtor da obra.
Hitler, mesmo quando mostrado cruel e sanguinário, já foi retratado, apesar do racismo, da homofobia e da perseguição aos judeus, como um homem simpático e cordial em momentos familiares, apreciador de artes, ladrão de grandes obras e de vinhos
Cada um conta a história como melhor lhe aprouver.
O documentário de Petra Costa não é diferente. Produziu uma peça cheia de imagens verdadeiras e repleta de fantasias sobre a história dos anos de governo do Partido dos Trabalhadores.
A crítica tem se mostrado, por um lado, como favorável à película, e, por outro, desfavorável. É o conflito que permanece entre nós desde a derrocada de Lula e seus companheiros.
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No fundo, a história serve mesmo é para mostrar ao brasileiro e ao mundo o que foi o período começado por Lula e terminado por Dilma.
Cada momento foi transmitido e fixado pelo povo. As cenas das audiências judiciais com os apontados como corruptos e corruptores não necessitam de versões. Estão para sempre na verdade real sobre os acontecimentos que continuam sendo expostos em um documentário simples e objetivo. Qualquer tergiversação sobre os fatos resulta em conversa de botequim.
O homem foi à Lua, mas o seu Zé, na porta de sua casa rés do chão, continua acreditando que não é verdade. Diz que tudo é mentira.
Certa vez, em lançamento de livro sobre a guerrilha do Araguaia, reencontrei um velho amigo que participara de movimento contra a ditadura; foi preso e torturado, mas resistiu. Respeitado historiador, sem pressa, com uma garrafa de vinho à frente, relembramos os tempos de chumbo e os novos tempos. Ao final da conversa, perguntei-lhe sobre a sua presença no evento, respondeu-se secamente: – Historiador, pesquisador e um sem número de outros curiosos fantasiam muito os seus trabalhos; por isso, eu sempre participo de lançamentos para ver amigos, inimigos e fofoqueiros.
Sobre a democracia de Petra, sabe-se que seus pais não viveram no exílio; optaram por viver em Paris e vir ao Brasil cuidar dos seus interesses sempre que desejaram, sem serem molestados. Herdeiros de grandes empreiteiros que, afinal, também participaram das falcatruas instaladas nos governos democráticos.
O telespectador, assistindo ao documentário, além de vertigem, sente náuseas.
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Não vi o filme e li esta crítica em busca de um contra-ponto às críticas positivas do filme. O que encontrei? Nada. Durante todo o texto o autor diz o óbvio, quem conta uma história, nos livros, no cinema, no teatro ou oralmente, conta sua versão. No último parágrafo, tenta desqualificar a obra, desqualificando o autor, uma tática antiga mas muito usada para quando falta argumento. Um dos únicos péssimos textos publicado pelo CeF.