De 15 a 22 de agosto, estive como convidado em Copenhague, Dinamarca, nos eventos LGBTI+ WorldPride e EuroGames, onde pude participar de diversas atividades sobre direitos humanos, a população LGBTI+ e o Estado de direito. Mas o que mais me marcou foi a estratégia dinamarquesa de enfrentamento à pandemia da covid-19.
Apesar de já ter tomado as duas doses da vacina Pfizer no SUS contra o coronavírus aqui no Brasil, para sair do país e poder entrar em países europeus, tive que fazer o teste PCR num laboratório particular logo antes de viajar, que custou R$ 300,00.
Chegando na Dinamarca, encontrei outra realidade. Todo mundo sem máscara nas ruas e vários shows nas ruas e nos parques – aglomeração total. É que lá a maioria da população já foi vacinada. Além disso, é necessário fazer o teste de antígeno para covid-19 a cada três dias. Quem não tem o certificado de vacinação em dia não consegue entrar em estabelecimentos comerciais ou outros locais públicos fechados, e a apresentação do certificado é exigida na entrada. A cada duas quadras no centro de Copenhague tem um local de vacinação e um local de testagem. O teste não demora mais que 20 minutos e é de graça. Você apenas precisa se cadastrar no serviço Covidresults.dk. Você recebe o resultado pelo celular e também um aviso quando precisa se testar novamente. Até o teste PCR para eu sair da Dinamarca e voltar para o Brasil foi de graça. Tomei um choque no aeroporto de Copenhague no retorno, depois de uma semana sem usar máscara, no aeroporto seu uso era obrigatório. Para fazer escala em Paris, o processo em relação à covid-19 foi muito rigoroso. Já para voltar para o Brasil, apenas um cadastro da Anvisa.
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Que lindo ver um governo cuidando da saúde da população com uma estratégia tão eficiente de enfrentamento à covid-19. Mesmo sabendo que a população da Dinamarca é muito menor, é uma experiência extremamente exitosa.
Com uma resposta baseada em vontade política, evidências científicas, uma abordagem unificada entre as três esferas de governo, logística organizada e azeitada, testagem e vacinação em massa para todas as pessoas, independente de idade, comorbidades e outras condições, o Brasil poderá chegar lá também.
*Toni Reis é diretor presidente da Aliança Nacional LGBTI+ e doutor em educação
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