Recentemente sob os holofotes após a contratação de um cozinheiro com um salário de R$ 21 mil para atuar na residência oficial, a vice-governadora de Santa Catarina, Marilisa Boehm (PL), encontra-se em uma nova polêmica sobre os seus gastos. De acordo com o Portal da Transparência do estado, nos primeiros três meses de 2023, foram gastos R$ 199.627,52 na manutenção da residência da vice-governadora. E, com cartão corporativo, Marilisa gastou R$ 39.971,59 em três meses
Os dados foram atualizados até o dia 15 de abril e confirmados pelo Congresso em Foco. Para efeitos de comparação, a antecessora de Marilisa, a atual deputada federal Daniela Reinehr (PL), gastou R$ 150 mil nos 12 meses de 2022 em que ocupou a residência oficial de vice-governadora ao longo do ano. Em 2019, primeiro ano como vice, o gasto ficou em R$ 99,7 mil.
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Nas despesas da residência oficial de Marilisia estão gastos com alimentação e outros serviços. Em média, o custo mensal com a manutenção da residência durante o mandato de Marilisia está em R$ 61 mil, quase o dobro dos R$ 35 mil que eram gastos pela ex-vice-governadora. Juntamente com o Maranhão, Santa Catarina é o único estado que possui uma residência oficial para o vice-governador.
Procurada pela reportagem, a assessoria de Marilisia alegou que o imóvel não havia passado por manutenção adequada na gestão anterior e que, por isso, estava demandando maiores despesas neste início de mandato. Veja a íntegra da resposta:
“Referente ao questionamento sobre despesas de manutenção da residência da vice-governança do Estado de Santa Catarina temos a esclarecer que:
Os valores que estão no Portal da Transparência dizem respeito à manutenção do imóvel, que é patrimônio do Estado, que precisa ser preservado.
Na gestão anterior o imóvel não teve a manutenção adequada. Consequentemente, no início de 2023 a residência apresentava uma série de problemas que necessitavam ser resolvidos para evitar maior deterioração e prejuízos futuros. Em função disso, o atual gabinete da vice-governança fez os investimentos necessários de manutenção sempre respeitando a média histórica de despesas ao longo dos anos nas gestões passadas.”
Contratação de funcionários
No início da semana, a contratação emergencial de funcionários para atuar na residência oficial chamou a atenção da mídia. A equipe contratada seria composta por dois cozinheiros, dois serventes e um zelador, com salários mensais variando entre R$ 10 mil e R$ 21 mil.
Em nota, a assessoria da vice-governadora afirmou que o valor do salário se referia ao custo do posto de trabalho, contemplando custos de natureza previdenciária, fiscal, trabalhista e demais encargos, além dos honorários dos prestadores de serviço.
Segundo a assessoria, o novo contrato emergencial válido por 180 dias se fez necessário pois a empresa anterior não estava cumprindo com o pagamento dos funcionários. “Este novo contrato resultou em uma economia de 29,5% para os cofres públicos, pois houve uma diminuição de 10 postos de serviço para 05 postos de serviço, totalizando uma redução de custos no montante de R$ 151.685,76 para o período de contratação”, afirmou a assessoria.
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