Simone Tebet lançou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto em dezembro de 2021, depois de atuar como deputada estadual, prefeita de Três Lagoas (MS) e vice-governadora do Mato Grosso do Sul. Professa universitária, é formada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e é mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
A senadora presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, foi coordenadora da bancada feminina e líder do MDB. Mas ganhou maior visibilidade na CPI da Covid. Até o momento, ela é a única mulher na disputa presidencial.
No meio político, há quem questione se Simone Tebet manterá a candidatura até o final, já que os seus índices de intenção de votos sempre estiveram muito distantes dos dois principais candidatos, Lula e Bolsonaro. Mas a candidata garante que o projeto presidencial é para valer.
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A candidata se mostra otimista com relação a um eventual crescimento do desempenho de candidatos de terceira via nas pesquisas eleitorais. Ainda assim, já antecipa que em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, declarou: “O meu voto o presidente Bolsonaro não tem”.
PublicidadeUm segundo segundo turno entre esses dois seria, em sua análise, o pior cenário possível para o Brasil. “Em um segundo turno entre o ex-presidente e o atual presidente terminaria em 31 de dezembro de 2026, porque continuaria a polarização nas redes sociais e nas ruas. Essa polarização odiosa que faz com que o Brasil perca tempo falando de crises artificiais”, alertou.
A preocupação de Jair Bolsonaro com as crises artificiais foram, por sinal, sua principal crítica ao chefe de Estado. “O governo cruzou os braços no momento em que a população mais precisava. Com isso, causou aumento do dólar, aumento da inflação, queda da bolsa. É um governo agora que quer fazer populismo, quer fazer graça com o orçamento público, quer jogar uma bomba atômica para o próximo presidente da república para poder ganhar as eleições”, narrou.
Lula e Bolsonaro são vistos pela senadora como alternativas com alta probabilidade de reprovação em outubro: Lula por representar um passado de populismo e patrimonialismo, Bolsonaro por representar “um governo atual insensível que promove verdadeiros retrocessos civilizatórios, especialmente nos nossos direitos tão arduamente conquistados. Especialmente o direito de nós termos o direito a uma democracia forte, uma imprensa livre, um Congresso Nacional independente”.
Apesar do baixo desempenho da terceira via nas pesquisas, Simone Tebet considera que ainda há tempo para que os partidos estabeleçam estratégias concisas para virar o jogo. Sua esperança está em um movimento de afunilamento do bloco, com os partidos abrindo mão das candidaturas na medida em que estabelecem alianças com outras legendas que também possuem nomes concorrendo à presidência. Citou o caso do PSD, que já trabalha a possibilidade de retirar a candidatura de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do governador riograndense Eduardo Leite, que deixou de concorrer após sua derrota nas prévias do PSDB contra João Doria.
Nesse afunilamento, a candidata não descarta a possibilidade de eventualmente o MDB decidir remover a candidatura para apoiar outro partido. O único cenário que a senadora descarta é a possibilidade de concorrer à vice-presidência, preferindo auxiliar nos bastidores da campanha de outro candidato ou concorrer à reeleição caso os partidos concluam que seu nome não seja capaz de vencer na corrida presidencial.
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