Empresários e produtores agropecuários são as ocupações que mais aparecem entre os dez prefeitos mais ricos do país que se elegeram nestas eleições de 2024. Com patrimônio superior a R$ 313 milhões de reais, o ex-deputado federal Sandro Mabel (União Brasil), eleito prefeito em Goiânia, é o chefe do Executivo municipal mais rico eleito neste ano, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Dos dez prefeitos mais ricos, apenas uma é mulher. Carla Faria (PSDB), eleita prefeita de Edéia (GO), declarou patrimônio de R$ 109 milhões. Além da predominância masculina na lista, outro domínio se dá na esfera regional. Sete dos prefeitos mais ricos são do Centro-Oeste, dois de Goiás, quatro Mato Grosso e um de Mato Grosso do Sul.
O Centro-Oeste, inclusive, é a região com maior média de patrimônio dos prefeitos eleitos, com R$ 5,5 milhões. Isso se explica quando há análise dos estados com maior média patrimonial declarada à Justiça Eleitoral. Maior produtor de grãos do país, o Mato Grosso lidera o ranking. Os prefeitos eleitos nos 142 municípios têm em média patrimônio de R$ 9,2 milhões. Em seguida aparecem Goiás e Mato Grosso do Sul, os outros dois estados da região.
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Conheça os dez prefeitos mais ricos:
O ex-deputado federal Sandro Mabel é empresário e foi dono da conhecida marca de bolachas que leva o sobrenome de sua família. Ao TSE, o prefeito eleito de Goiânia declarou ter R$ 313,4 milhões. Entre os bens declarados, estão 22 terrenos, nove apartamentos, um helicóptero e participação societária em diversas empresas.
Em segundo lugar vem Miguel Vaz (Republicanos), reeleito em Lucas do Rio Verde (MT), com fortuna de R$ 219,7 milhões. O empresário declarou ao TSE ações em empresas, imóveis, fazendas e terrenos. Em 2019, ocupou a presidência da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG).
O terceiro prefeito mais rico eleito em 2024 foi Geovânio (PSD). Com patrimônio de R$ 136,9 milhões, o produtor agropecuário se elegeu em Pimenta (MG). Na declaração de bens do eleito há terrenos, veículos e participações societárias. Grande parte do patrimônio, porém, vem da posse de 50% de máquinas pesadas, colheitadeiras, plantadeiras, tratores, caminhões, casas de morada e benfeitorias relacionadas à exploração da atividade rural. A categoria corresponde a R$ 42,2 milhões.
Os demais são:
- Carlão Borchardt (PL) – Tabaporã (MT): agricultor com patrimônio de R$ 135,9 milhões
- Walter Schlatter (PP) – Chapadão do Sul (MS): produtor agropecuário com patrimônio de R$ 125,3 milhões
- Carla Faria (PSDB) – Edéia (GO): produtora agropecuária com patrimônio de R$ 1o9,7 milhões
- Barga Rosa (União Brasil) – Guiratinga (MT): produtor agropecuário com patrimônio de R$ 102,8 milhões
- Marcos Tomazini (União Brasil) – Paranatinga (MT): comerciante com patrimônio de R$ 94 milhões
- Zé Raul (MDB) – Santana (BA): empresário com patrimônio de R$ 87,4 milhões
- Carlos Gil (PSD) – Ivaiporã (PR): empresário com patrimônio de R$ 82,2 milhões
Apesar de não aparecer entre os dez primeiros, o irmão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, consta entre os 20 mais ricos. 17º prefeito mais rico, Chico Mendes (União Brasil) é veterinário e foi eleito em Diamantino (MT), com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Antes, já havia sido prefeito do município, entre 2000 e 2008.
A família Mendes está em Diamantino desde o século XIX. O avô do ministro, o desembargador Joaquim Pereira Ferreira Mendes, nasceu no município em uma família abastada. O pai de Joaquim e precursor da família Ferreira Mendes, foi o coronel Francisco Alexandre Ferreira Mendes, considerado herói da Guerra do Paraguai (1864-1870).
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