O PT espera ouvir a avaliação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para avançar na definição na eleição para prefeito de São Paulo em 2020. No partido existem alas que defendem uma candidatura própria e que querem apoiar o ex-governador Márcio França (PSB-SP).
De acordo com a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, o ex-presidente Lula ainda não externou sua opinião.
São citados como possíveis pré-candidatos da sigla na capital paulista os nomes do ex-deputado Jilmar Tatoo e dos deputados federais Paulo Teixeira e Carlos Zarattini.
Os ex-ministros Fernando Haddad e Aloizio Mercadante também foram sondados por setores do PT, mas ambos já negaram a intenção de entrar na disputa.
Outro que foi consultado sobre a possibilidade de representar o PT na eleição municipal foi o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, que também negou.
“Eu fiquei muito feliz pela lembrança, mas já informei que em decorrência de compromissos profissionais e acadêmicos e não tenho, infelizmente, a condição de assumir esse desafio”, disse ao Congresso em Foco.
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Prisão de Lula
Gleisi reafirmou a intenção do presidente em não querer solicitar progressão para o regime aberto ou semiaberto e disse que Lula quer a anulação de sua pena, mesmo que não tenha esperança que isso aconteça em um futuro próximo.
Lula está preso desde o dia 7 de abril de 2018 na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Ele foi condenado pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A presidente do PT também disse que o ex-mandatário da República ficou animado com o grupo de 82 deputados de 12 partidos (PRB, PSB, PDT, PMDB, PSOL, Podemos, PSD, PL, PP, CIDADANIA, PCdoB, PT) que foram ao STF (Supremo Tribunal Federal) para impedir sua transferência para um presídio comum em São Paulo.
O ex-presidente na terça-feira (13) enviou uma carta ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para agradecer o apoio recebido no dia em que a justiça tentou transferi-lo para a prisão de Tremembé, no interior de São Paulo. A decisão foi negada pelo STF.
Na ocasião, Maia ofereceu apoio à bancada do PT e chegou a segurar a votação da reforma da Previdência para que os deputados discutissem a questão.
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