O PSB se reuniu nesta sexta-feira (8) com lideranças nacionais do do PT para oficializar a indicação do nome do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como vice-presidente na chapa do ex-presidente Lula (PT) nas eleições de 2022. Ao discursar, o ex-presidente defendeu a aliança como necessária para a democracia. Ele também atacou as políticas da gestão Bolsonaro na economia e na saúde.
Reunião PSB PT com Lula e Geraldo Alckmin https://t.co/HdWbHPi40k
— Lula (@LulaOficial) April 8, 2022
O evento contou com a participação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, do presidente do PSB, Carlos Siqueira, e de outros dirigentes partidários.
A decisão de indicar Alckmin como vice de Lula foi aprovada pela executiva do PSB. Com a indicação, o PT ainda deverá aprovar o nome do ex-governador paulista.
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“Não temos qualquer dúvida de que é o companheiro Lula quem reúne as melhores condições para articular forças políticas amplas, capazes de dar à resistência democrática a envergadura que permitirá enfrentar e vencer o bolsonarismo”, escreve a carta entregue pelo PSB ao PT.
No evento, Lula afirmou que trabalhará para formular o plano de governo e que, uma vez eleitos, o petista ressaltou que o maior desafio será comandar o país. “Importante saber que essa chapa, se ela for formalizada, não é só para disputar as eleições. Talvez ganhar as eleições seja mais fácil do que a tarefa de que teremos pela frente de recuperar esse país”, disse Lula.
O ex-presidente também garantiu que a aliança de ambos é uma “demonstração” muito forte para o Brasil.
“É plenamente possível duas forças com projetos diferentes, mas com princípios iguais, se juntarem em um momento de necessidade do povo”, afirmou o petista ao anunciar a aliança. “Nós temos que provar para a sociedade brasileira que esse país precisa de amor, não de ódio, precisa de emprego, não de arma. Estamos dando uma demonstração muito forte ao Brasil hoje”, acrescentou.
Apesar do nome de Alckmin enfrentar resistência em setores do PT, o ex-presidente petista afirmou que vai se “dedicar de corpo e alma para que essa aliança seja definitiva”.
“Você será recebido como um velho companheiro dentro do nosso querido Partido dos Trabalhadores. Daqui para a frente, você não pode mais ser tratado como ex-governador e eu como ex-presidente. Você me chama de ‘companheiro Lula’ e eu te chamo de ‘companheiro Alckmin’”.
A reunião desta sexta também põe em pauta as discussões das chapas estaduais dos dois partidos. O maior impasse encontra-se em São Paulo, onde os dois partidos tentam emplacar candidaturas.
Geraldo Alckmin se filiou ao PSB em março deste ano. Ele deixou o PSDB, partido no qual foi filiado por 33 anos, em dezembro. Em cerimônia de filiação, o ex-tucano afirmou que Lula é “aquele que melhor reflete o sentimento de esperança do povo brasileiro”. A aliança com Lula foi costurada pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-governador do estado Marcio França (PSB).
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