Em reunião da cúpula do PSB em Brasília, na tarde desta terça-feira (9), o partido definiu que irá apoiar o ex-prefeito de São Paulo e presidenciável do PT, Fernando Haddad, no segundo turno da corrida presidencial. Os caciques do PSB decidiram liberar os atuais governadores de São Paulo e do Distrito Federal para manter posição neutra. O partido não teve candidatura ao Palácio do Planalto e manteve a neutralidade no primeiro turno.
Haddad também terá o apoio de Guilherme Boulos (Psol), 10º lugar na corrida presidencial, e João Goulart Filho (PPL), que terminou o primeiro turno em 13º, na lanterna da disputa pelo Palácio do Planalto. O deputado Jair Bolsonaro (PSL), por sua vez, terá o apoio do PTB (leia as notas mais abaixo).
O PTB do ex-deputado Roberto Jefferson apoiou Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno. Na nota assinada por Jefferson, que preside a sigla, o partido declara acreditar que Bolsonaro “trabalhará para que o nosso país volte aos trilhos do desenvolvimento social e econômico, e pela pacificação e união do povo brasileiro”.
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Do PSB, Marcio França assumiu o governo de São Paulo após a renúncia de Alckmin, que concorreu à presidência da República. França apoiou o tucano no primeiro turno e já declarou que ficará neutro na disputa nacional.
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, também poderá se manter neutro diante da disputa federal. Rollemberg disputa o segundo turno contra Ibaneis (MDB).
PublicidadeO pessebista passou para o segundo turno e disputará o Palácio dos Bandeirantes contra o tucano João Doria (PSDB), que já anunciou apoio a Bolsonaro.
Neutralidade
O Novo e o PP decidiram a neutralidade na disputa nacional em segundo turno. As siglas divulgaram nota durante a tarde de hoje (terça, 9).
O Novo, apesar da neutralidade, declarou em nota ser “absolutamente contrários ao PT, que tem ideias e práticas opostas às nossas”.
Na nota do PP – um dos principais partidos do chamado “centrão” da Câmara –, assinada pelo presidente Ciro Nogueira, senador reeleito pelo Piauí, o partido declara compromisso com a democracia, com a estabilidade econômica e social e com as garantias fundamentais.
“O Progressistas adotará uma postura de absoluta isenção e neutralidade no segundo turno das eleições presidenciais. Faz convicto de que essa é a melhor contribuição que pode oferecer ao debate”, declara a nota.
Leia a nota de João Goulart Filho (PPL):
“Quero neste momento pós-eleitoral, dirigir-me aos trabalhadores brasileiros, as mulheres, aos estudantes, às minorias de nosso povo a grande honra que foi minha candidatura em nome do Partido Pátria Livre, que com muita disposição propõe o resgate de uma nação solidária, mais humana, mais distributiva e justa, que Jango, meu pai, tanto sonhou para o Brasil até sua morte ainda no exílio e que a ditadura quis e quer continuar a esconder.
Diante da realidade emergida das urnas, não poderia me omitir diante do grande risco que corre a nossa nação neste segundo turno das eleições nacionais que elegerá o próximo presidente do país.
Eu que cresci no exílio, alfabetizei-me no exílio, casei no exílio e onde sequer me foi permitido ter meu primeiro filho dentro do território de minha Pátria, tenho a obrigação de repudiar as ditaduras, a brasileira especificamente, que ceifou a vida de meu pai e levou o povo brasileiro ao silêncio, a opressão do autoritarismo, as torturas, os desaparecimentos de combatentes que se insurgiram contra o totalitarismo e sufocaram nossa população por 21 anos de submissão aos coturnos, prepotência e domínio da força dos tanques e fuzis.
Saio da eleição de cabeça erguida, pois, apesar de uma campanha extremamente anti-democrática, onde não pudemos estar nos debates, não tivemos acesso à mídia, e quase sem orçamento para divulgação e translado em um país continental como o nosso, propusemos ao Brasil o melhor programa registrado no TSE entre todas as outras candidaturas.
Contra a ditadura, a opressão, ao ódio às minorias, ao homofobismo, ao direito dos povos autóctones, ao racismo e tantas outras propostas fascistas do candidato Bolsonaro, um herdeiro golpista disfarçado de candidato dos militares, venho me colocar ao lado das forças populares, da união nacional pelos direitos humanos, pela resistência a todo tipo de violência e opressão que possam centralmente cair mais uma vez, como a grande noite negra de 21 anos produzidos pelo o golpe de 1964 e que enterrou o sonho do projeto de Nação, das reformas de base.
O meu partido difere em muitos pontos do programa do PT, que disputará com o filhote da ditadura o segundo turno, mas nossas diferenças jamais serão maiores que o risco de uma nova ditadura, nem maiores que a liberdade de nosso povo.
Sabemos como as ditaduras começam, nunca sabemos quando terminam. Estamos prontos para caminhar juntos. Por isso, apesar de nossas diferenças, eu voto em Haddad para derrotar Bolsonaro.”
Leia a íntegra da nota do PTB:
“Após consultar os membros da Executiva Nacional, o Partido Trabalhista Brasileiro vem a público manifestar o seu apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República no segundo turno das eleições de 2018.
O PTB acredita que as propostas de Bolsonaro visam um Brasil com mais empregos e melhoria de renda aos trabalhadores; com menos impostos e menos gastos públicos; e que respeite nossos municípios e nossas crianças, proporcionando a elas educação de verdade e com qualidade. Dentre outros, são projetos que objetivam um país eficiente e competitivo.
Acreditamos que Jair Bolsonaro trabalhará para que o nosso país volte aos trilhos do desenvolvimento social e econômico, e pela pacificação e união do povo brasileiro.
Por essas razões, o PTB irá apoiá-lo neste segundo turno.
Brasília, 9 de outubro de 2018
Roberto Jefferson
Presidente Nacional do PTB”
Em entrevista ao JN, Haddad desautoriza Dirceu e Bolsonaro minimiza Mourão sobre “autogolpe”
Esse PSB é o único partido da esquerda que ainda merece consideração e diálogo!
Porém, com o França no Governo do Estado de São Paulo será mais difícil a desherzoguização das TVs públicas, a descomunização das universidades e a desparasitação do funcionalismo público!
para mim isso se chama oportunismo e falta de vergonha na cara, onde disputam o cargo de governador querem pegar votos de Bolsonaro pq sabem de sua popularidade, e no geral vão ficar atrelados ao PT pensando em um eventual governo, pois sabem que do lado da DIREITA da retidão o Bolsonaro não aceitara indicação política em seu governo. mais o povo vai dar o troco para esse PSB, esse tipo de gente tem q ser exterminado da política. oportunistas de plantão. vamos todos que pensam em um Brasil melhor nestes dois estados não votar nos candidatos do PSB.
Já era esperado.
Mas nosso presidente capitão não vai precisar de ajuda de quem não é patriota.
Podem ficar com o Lula de vocês.
os eleitores deles não tem cabresto, eles são livres para escolher o melhor e o melhor é Bolsonaro 17 sem dívidas, fascismo e retrocesso quem prega são eles da esquerda, acusam os outros do que eles próprios são. mas o povo já entendeu a cartilhas dos comunistas.
pregam a democracia mas quando tiver chance tomar o poder sem escrúpulos.