Se candidatos que concorriam pela primeira vez ou se vendiam como novidade tiveram sucesso nas eleições de 2018, em 2020 o eleitor das capitais brasileiras optou por políticos experientes. Todos os prefeitos eleitos nessas cidades já exerceram algum mandato. Dez foram reeleitos. Outros estão de volta à prefeitura após período fora, como Eduardo Paes (DEM) no Rio e Edmilson Rodrigues (Psol) em Belém.
Além dos políticos “profissionais”, também prevaleceram nas urnas os homens brancos e heterossexuais. Entre os eleitos, há apenas uma mulher – a prefeita reeleita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB) -, nenhum negro e nenhum homossexual autodeclarado. Dos vencedores, 17 informaram à Justiça eleitoral como brancos e oito como pardos. O MDB, com cinco, o PSDB e o DEM, com quatro, serão os partidos com mais comando de capitais. Pela primeira vez desde a redemocratização o PT não administrará nenhuma capital.
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Veja o perfil dos prefeitos eleitos no primeiro e no segundo turno:
Sudeste:
Belo Horizonte – Alexandre Kalil (PSD-MG)
O prefeito de Belo Horizonte (MG), Alexandre Kalil, foi reeleito com 63% dos votos ainda no primeiro turno. Kalil entrou na vida pública em 2016 quando se elegeu pelo pequeno PHS, partido extinto pela cláusula de barreira. O prefeito apostou no isolamento social, o que deixou a cidade com indicadores inferiores ao de outras capitais em mortes por covid-19.
Rio de Janeiro: Eduardo Paes (DEM-RJ)
Eduardo Paes volta ao comando do Rio de Janeiro em 2021. Ele já havia sido prefeito da cidade entre 2009 e 2017 pelo MDB. Antes, Paes foi deputado federal. Com discurso anti-Bolsonaro, teve o apoio da esquerda contra o prefeito Marcelo Crivella, candidato do presidente da República, para vencer no segundo turno.
São Paulo -Bruno Covas (PSDB-SP)
Covas foi eleito vice-prefeito na eleição de 2006, no mandato de João Doria (PSDB). Aos 40 anos, já foi deputado estadual e federal por São Paulo, além de secretário estadual de Meio Ambiente na gestão de Geraldo Alckmin. É neto do ex-governador Mário Covas, figura histórica do PSDB. Foi reeleito em segundo turno ao derrotar Guilherme Boulos (Psol).
Vitória – Delegado Pazolini (Republicanos-ES)
Lorenzo da Silva Pazolini foi auditor de controle externo do Tribunal de Contas do Espírito Santo. Foi deputado estadual pelo PRP, mas como o partido foi extinto pela cláusula de barreira, filiou-se ao Republicanos. Venceu no segundo turno o ex-prefeito João Coeser (PT).
Centro- Oeste:
Campo Grande – Marquinhos Trad (PSD-MS)
O prefeito de Campo Grande (MS), Marquinhos Trad, foi reeleito com 52,58% dos votos no primeiro turno. Trad entrou na vida pública como secretário de Assuntos Fundiários na gestão de André Puccinelli. Foi vereador e deputado estadual. Faz parte de uma das famílias políticas mais tradicionais do estado.
Cuiabá – Emanuel Pinheiro (MDB-MT)
Emanuel Pinheiro foi reeleito prefeito de Cuiabá no segundo turno. Foi deputado estadual por quatro mandatos. Aos 23 anos foi eleito pelo PFL a uma mandato na Câmara Municipal de Cuiabá. Herdeiro de uma família de políticos, é pai do deputado federal Emanuel Filho.
Goiânia: Maguito Vilela (MDB-GO)
Ex-governador de Goiás e ex-senador nos anos 1990, Maguito assume a prefeitura de Goiânia em 2021. O político tem longa carreira pública. Maguito segue internado na UTI de um hospital em São Paulo para tratamento de complicações da covid-19. Derrotou no segundo turno o senador Vanderlan Cardoso (PP).
Nordeste:
Aracaju -Edvaldo (PDT-SE)
Edvaldo Nogueira assume pela quarta vez a prefeitura de Aracaju. Entre 2001 e 2006 foi vice-prefeito na chapa de Marcelo Déda e vereador da cidade de 1992 a 2000. Foi reeleito neste domingo (29), em segundo turno, para novo mandato.
Fortaleza – José Sarto (PDT-CE)
O deputado estadual de Fortaleza José Sarto (PDT) assume a prefeitura da capital do Ceará em 2021. Médico de formação, Sarto já foi vereador da cidade duas vezes e está no oitavo mandato consecutivo de deputado estadual. Atualmente é presidente da Assembleia Legislativa do Ceará. Foi eleito no segundo turno com o apoio dos irmãos Cid e Ciro Gomes.
João Pessoa – Cícero Lucena (PP-PB)
Cícero Lucena é empresário da construção civil, ex-prefeito, ex-governador e ex-senador da Paraíba. Foi presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa, vice-governador e governador da Paraíba. Foi senador de 2007 a 2015 e prefeito de João Pessoa de 1997 até 2005. Elegeu-se neste segundo turno.
Maceió – João Henrique Caldas (PSB-AL)
João Henrique Caldas (PSB) ingressou na carreira política aos 23 anos como deputado estadual em Alagoas. Filho do ex-deputado federal João Caldas, foi candidato a prefeito da cidade em 2016, mas perdeu ficando em terceiro lugar. Chega à prefeitura agora após vitória em segundo turno.
Natal – Alvaro Dias (PSDB-RN)
O prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), foi reeleito no primeiro turno. Ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Álvaro é médico e foi deputado estadual, federal e vice-prefeito de Natal e Caicó.
Salvador – Bruno Reis (DEM-BA)
Vice-prefeito de ACM Neto, Bruno Reis foi eleito já em primeiro turno para comandar Salvador. Ingressou na política no final dos anos de 1990 e foi vice-presidente do PFL Jovem na Bahia. Por dois mandatos consecutivos (2011 e 2017) foi deputado estadual.
São Luís -Eduardo Braide (Podemos-MA)
Eduardo Braide foi eleito deputado federal na eleição de 2018. Já foi presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) e secretário municipal do Orçamento Participativo de São Luís. Foi deputado estadual. Venceu no segundo turno este ano após ter sido derrotado na mesma rodada de votação em 2016.
Recife – João Campos (PSB-PE)
De família com tradição política, João Campos é filho de Eduardo Campos e bisneto de Miguel Arraes. Exerceu função de deputado federal por Pernambuco até sua licença para concorrer à prefeitura do Recife em 2020. Mais jovem entre os eleitos, João Campos tem 27 anos. Derrotou no segundo turno a também deputada federal Marilia Arraes (PT), sua prima.
Teresina -Dr. Pessoa (MDB-PI)
Dr. Pessoa é médico e professor da Universidade Federal do Piauí. Ex-vereador e deputado estadual, foi eleito em segundo turno neste domingo para o seu primeiro mandato no Executivo.
Norte:
Belém – Edmilson Rodrigues (Psol-PA)
Edmilson Rodrigues foi eleito para o terceiro mandato como prefeito de Belém. Ele já comandou a cidade em 1997 e 2004. Ex-deputado estadual, exerce o terceiro mandato de deputado federal. É o único integrante do partido a conquistar uma capital este ano. Vitória em segundo turno.
Boa Vista – Arthur Henrique (MDB-RR)
Arthur Henrique assume a prefeitura de Boa vista aos 39 anos. É o atual vice-prefeito da cidade na chapa de Teresa Surita. Ele atuou como titular da Secretaria Extraordinária de Inclusão Digital de Boa Vista no período de 2013 a 2016. Venceu no segundo turno com o apoio do ex-senador Romero Jucá, liderança política do estado mais conhecida nacionalmente.
Macapá – Dr. Furlan (Cidadania-AP)
Dr. Furlan assume a prefeitura de Macapá depois de disputa acirrada no segundo turno contra Josiel Alcolumbre (DEM-AP). Última das capitais a escolher seu prefeito, Macapá teve o pleito adiado para dezembro por conta da crise energética do mês anterior. Furlan tem 47 anos, é médico e há dez é deputado estadual. Esta foi a primeira vez que concorreu à prefeitura.
Manaus – David Almeida (Avante- AM)
David Almeida foi deputado estadual por três mandatos consecutivos e presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas de 2017 a 2019. Assumiu o governo do estado de forma interina em maio de 2017 e encerrou o mandato em outubro do mesmo ano. Foi eleito no segundo turno.
Palmas – Cinthia Ribeiro (PSDB-TO)
Cinthia Ribeiro foi reeleita prefeita de Palmas (TO) primeiro turno (Palmas não tem segundo turno por ter menos de 200 mil eleitores). Ela entrou para a política pelo PTN e foi presidente estadual do partido. Foi vice na chapa de Carlos Amastha em 2017 e assumiu a prefeitura em 2018, quando o político disputou a eleição suplementar para o governo de Tocantins.
Porto Velho – Hildon Chaves (PSDB-RO)
Hidon Chaves foi reeleito prefeito de Porto Velho (RO) neste segundo turno. O tucano foi promotor e deixou o Ministério Público de Rondônia em 2013, mesmo ano que se filiou ao PSDB.
Rio Branco – Tião Bocalom (PP-AC)
Tião foi prefeito de Acrelândia por duas vezes. Em 2006 se candidatou para o governo do Acre, mas não levou. Ele também foi candidato ao governo em 2010 e tentou a prefeitura de Rio Branco em 2008. Derrotou a candidata à reeleição Socorro Neri (PSB) no segundo turno.
Sul:
Curitiba – Rafael Greca (DEM-PR)
O prefeito de Curitiba (PR), Rafael Greca (DEM), foi reeleito com 59,77% dos votos válidos já no primeiro turno. Greca já foi prefeito da capital paranaense de 1993 a 1997. Em 2016 foi candidato pelo PMN, partido que foi extinto por conta da cláusula de barreira. O paranaense já exerceu os cargos de ministros de Esporte e Turismo, deputado estadual e federal e vereador.
Florianópolis – Gean Loureiro (DEM-SC)
Gean Loureiro (DEM) foi reeleito prefeito de Florianópolis (SC) no primeiro turno, quando obteve 126.144 votos, o equivalente a 53,46%. Gean é advogado e administrador e foi o vereador mais jovem do parlamento catarinense em 1993. Em 2015, elegeu-se deputado estadual.
Rio Grande do Sul – Sebastião Melo (MDB-RS)
Aos 62 anos, o advogado Sebastião Melo nasceu no interior de Goiás, mas tem no Rio Grande do Sul seu habitat político. Sebastião foi vereador em Porto Alegre entre 2000 e 2012, quando foi eleito vice-prefeito na capital, em chapa encabeçada pelo próprio Fortunati. Desde 2018, era deputado estadual pelo estado. Derrotou Manuela D’Ávila (PCdoB) no segundo turno.
Homens, brancos e casados são maioria entre os candidatos no segundo turno
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Lá vem de novo a choradeira de q foram eleitos poucos pretos, poucas bixas, poucas mulheres… Pelo q me consta, não há na lei nada q proíba essas pessoas de se candidatarem. Ou há? Diante de necessidades básicas fundamentais, o tema racismo e homofobia chega a ser ridículo. O q falta no Brasil é educação de qualidade, além de saúde de qualidade, segurança de qualidade, Infraestrutura de qualidade. Falta tudo de qualidade, enfim.
Gozado é que o PSOL também preferiu homens héteros e brancos.
Na próxima eleição os esquerdistas serão hipócritas machistas e escolherão o Filhote do Lula como candidato com a Mané de vice, ou apoiarão a Mané como candidata com um negro como vice? Ou quem sabe um pelo menos uma negra candidata?
O que é mais importante para a esquerda, o PSOL ou a Mulher?
Deveria ter printado a página onde eu postei isso:
”O PT não vai fazer nenhum prefeito de capital”
Os “jornalistas” (ou seriam blogueiros, como eles gostam de conceituar seus colegas de profissão?) que assinam essa matéria, cometem um erro de conceito. Não sei se por falta de conhecimento, ou por má fé. A raça negra é conceitualmente formada pelas pessoas de pele “preta” e “parda”. Se oito são pardos, então oito negros foram eleitos.
Também há um erro no caso do Bruno Covas. O ano em que ele foi eleito vice do DitaDória foi 2016 e não 2006. Olha que o zero (0) no teclado fica bem longe do um (1).
O mais importante é que a esquerda foi a grande derrotada nessas eleições!
No UOL, os pardos só são negros quando interessa ao assunto.
Por aí mesmo!
Eu salvei o link com de 3 páginas de pesquisas antes da eleição, só para poder sacanear depois.
Numa delas a Manú estava na frente por 51×49, na outra o candidato do Ciro tinha 16% de vantagem e na outra página tinha todas as pesquisas.
Tudo errado.
Como mente o IBOFE do Carlos Augusto Menteonegro!
Anota ai o título da matéria para conferir.
”Capitais têm cinco empates, prefeitos em apuros e MDB à frente, apontam pesquisa”
KKKKKKKK
Como sempre, erraram feio. E é tão descarado que os erros são sempre para favorecer a esquerda. Nunca erram em favor da direita.