A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) elaborou um calendário de manifestações para os próximos meses para pressionar pela reestruturação da carreira de policial federal, com aumento de salário. A primeira manifestação está agendada para quinta-feira (12), com atos previstos para todo o país. A federação, que reúne 27 sindicatos, também planeja iniciar uma campanha de outdoors espalhados pelo país com suas pautas.
No próximo dia 19 haverá uma nova rodada de atos. Em 1º de junho, policiais federais se unirão aos policiais rodoviários federais numa grande marcha em Brasília. Representantes dos policiais federais de todo o país vão se reunir em Brasília para pressionar o governo federal a atender às demandas das forças policiais da União. Outdoors também estarão espalhados por Brasília e por todo o país para explicar aos brasileiros as razões dos protestos.
O calendário foi definido em assembleia geral extraordinária na última sexta-feira (6). A Fenapef afirma que o atendimento à população não será prejudicado, mas a categoria se manterá em estado de mobilização permanente, avaliando e definindo os próximos passos a serem tomados, até ter suas demandas atendidas.
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O Ministério da Justiça encaminhou, em março, minuta de medida provisória (MP) da reestruturação das forças policiais da União para o Ministério da Economia, onde está parada.
Ao final de 2021, Jair Bolsonaro se comprometeu a conceder um reajuste proporcional à inflação, usando o espaço aberto no teto de gastos pela PEC dos Precatórios. Outras categorias do serviço público, porém, protestaram contra o possível tratamento privilegiado aos policiais federais e entraram em greve. Em resposta, o governo acena com um reajuste igual de 5% para todo funcionalismo público federal.
O percentual, no entanto, desagradou aos policiais federais. “O governo federal tem uma dívida com os policiais federais e, para que ela seja quitada, basta uma decisão política do governo”, declarou o presidente da Fenapef, Marcus Firme. Os policiais alegam que a reestruturação tem como propósito reduzir os efeitos negativos da reforma da Previdência para a categoria. Segundo eles, houve achatamento salarial porque a alíquota de contribuição deles aumentou de 11% para 14% e, em alguns casos, como dos delegados, para 16%.
Mas que justo, só o que a PF e a PRF devolve aos cofres públicos não é brincadeira. E isso foi uma promessa de campanha do Presidente, tem quê cumprir. Apoiado.
Não entendi a justificativa dos políciais para o tratamento diferenciado, já que reforma previdenciária gerou prejuízo para todos os servidores.