A Polícia Militar do Amazonas prendeu, nesta quarta-feira (8), um homem suspeito de ter envolvimento com o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira na Amazônia. A informação é da jornalista Míriam Leitão, da TV Globo.
O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, clique AQUI e faça uma degustação gratuita de 30 dias.
De acordo com o jornal, havia uma pressão para que o suspeito, Amauri, fosse liberado, uma vez que não há prova de envolvimento no crime. Contudo, ele foi preso em flagrante pelas sucessivas ameaças que já fez a indígenas da região.
Leia também
O procurador jurídico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari, Eliesio Marubo, informou em entrevista que são três suspeitos envolvidos no desaparecimento. “Temos três suspeitos. Tivemos a detenção de um deles e esperamos que esses dois sejam capturados nas próximas horas, para apresentarem sua versão, de tudo que foi imputado a eles”, disse.
O indigenista Bruno Araújo Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai), e o jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian, desapareceram no último domingo (5). Os dois faziam o trajeto de barco entre a comunidade ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte, e deveriam ter chegado no município no domingo (5), o que não aconteceu.
Pereira e Philips pararam na comunidade de São Rafael na manhã do domingo antes de seguir viagem. A última vez que a embarcação foi vista foi na comunidade de São Gabriel. A expectativa era de que chegassem na cidade de Atalaia do Norte por volta das 9h.
Em comunicado divulgado na segunda-feira (6), a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava) e o Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi) destacaram que a equipe era alvo de ameaças constantes pelo trabalho feito junto aos indígenas do Amazonas contra invasores da região, como garimpeiros e madeireiros.
Deixe um comentário