A Polícia Federal (PF) pediu, nesta quinta-feira (20), à 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG), a prorrogação do prazo para concluir o inquérito policial que investiga o ataque ao candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro.
Em nota, a PF informa que solicitou mais 15 dias para “possibilitar o encerramento de diligências indispensáveis à finalização do procedimento”.
Os investigadores acreditam que, com novas provas a ser coletadas nas próximas semanas, a apuração sobre o caso avançará “no sentido de caracterizar a autoria e materialidade do ato criminoso”.
Adélio Bispo de Oliveira assumiu o crime e está preso em um presídio federal em Campo Grande (MS).
Os agentes da PF também procuram determinar as motivações que levaram o agressor a esfaquear Bolsonaro. Outro objetivo das investigações é encontrar possíveis coparticipantes.
Candidato atacado
Bolsonaro foi esfaqueado em 6 de setembro, enquanto participava de um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O candidato foi operado na Santa Casa de Misericórdia da cidade mineira e depois foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde se recupera.
Boletim médico divulgado nesta tarde informa que o político permanece internado na Unidade de Terapia Semi-Intensiva e apresenta boa evolução clínica.
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Segundo o boletim, Bolsonaro passou por uma tomografia computadorizada de tórax e abdômen devido à elevação de sua temperatura para 37,7 ºC. O exame constatou um acúmulo de líquido ao lado do intestino.
O candidato “foi submetido a uma drenagem dessa coleção [de líquido] guiada por imagem, sem intercorrências. Está com dreno no local e evolui sem dor”, afirma o registro.
Inquérito
Até o momento, a PF entrevistou 38 pessoas, colheu 15 depoimentos formais de testemunhas, realizou três interrogatórios formais do preso e analisou dois terabytes de imagens – correspondente a 2.048 gigabytes.
Os investigadores realizaram diligências em Florianópolis (SC) e nas cidades mineiras de Montes Claros, Uberaba , Uberlândia, Pirapetinga, Belo Horizonte, além de Juiz de Fora, cidade onde Bolsonaro foi atacado.
Os agentes concluíram cinco laudos periciais e realizam mais quatro exames. Também solicitaram à Justiça várias medidas cautelares, como quebra de sigilo bancário, telefônico e telemático (referente a dados transmitidos por redes de telecomunicações).
Rodrigo Zuquim, sugiro que acompanhe os desdobramentos desta investigação n’O Antagonista. Cláudio Dantas, melhor jornalista investigativo do país, tem dado os melhores furos sobre o inquérito lá. Já existem várias novidades que não foram relatadas aqui. Por exemplo: 1) Adélio esteve em um comício de Bolsonaro em outra cidade; 2) Um dos advogados de Adélio (daquela banca estrelada) defende figurões do PCC; então, a PF está investigando se a facção está bancando os advogados e tem participação no crime; 3) Tem registro de entrada do Adélio na Câmara dos Deputados no dia do atentado; e 4) O assassino recebia depósitos bancários constantes.
Quer se consagrar junto ao público e fazer um trabalho diferenciado? Mergulhe nessa investigação e ajude a esclarecer os fatos. O povo está ávido de informações sobre isso.
Excelente e importante dica!
Ontem às 14:51h enviei WhatsApp à Jovem Pan questionando porque a mídia não noticia nada sobre as investigações (enviei um vídeo do delegado Francischini), e aí acabaram falando no programa “Os Pingos nos Is”. O Antagonista sim, é um “cordeiro solitário” nesse caso. O PIG só quer saber quem matou Marielle, ou dar espaço à sua “viúva” – não sei até hoje se é “viúva” ou “viúvo” -, mas não quer saber quem matou o Toninho do PT, o Celso Daniel ou os envolvidos que foram presos e assassinados, que já têm mais tempo que o da Marielle.
O silêncio da mídia sobre essa investigação é impressionante e constrangedor. Um presidenciável, líder nas pesquisas, sofreu um sério atentado à vida e não se fala nisso? Que jornalismo é esse? O Antagonista é mesmo um oásis no deserto.
Impressionante que até nisso os jornalistas coloquem a paixão ideológica esquerdista acima do bom senso. Depois não sabem porque estão cada vez mais desacreditados.