O artigo de FHC no Estadão é um manifesto com as diretrizes programáticas de um novo partido, que ele localiza no “centro radical, democrático e progressista”.
O tucano é um dos poucos entre as aves de bico avantajado que continua a pensar estrategicamente. Depois do furacão Bolsonaro é muito pouco provável que o quadro partidário se mantenha como está.
Leia o artigo de FHC no Estadão: Paciência histórica
Doria deverá impor uma guinada à direita ao PSDB. O clima entre o governador eleito e o grupo de Alckmin é de beligerância.
Márcio França, derrotado, também estaria insatisfeito no PSB. Não estaria disposto a se submeter ao domínio do grupo pernambucano da legenda. Credita boa parte de seu fracasso ao apoio do PSB ao PT no segundo turno.
Não será surpresa se um novo partido, com parte do PSDB, do PSB, Solidariedade, outras legendas menores e parlamentares de perfil mais ideológico, até mesmo do MDB, emergir depois da tempestade recente.
Muitos enxergam na polarização Bolsonaro-PT um espaço para construção de uma terceira via com nitidez programática, seja pela centro esquerda ou pelo resgate de um paciente dado como morto: o histórico centro democrático.
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O desempenho do presidente eleito ditará o rumo e o tamanho das conspirações em curso. Uma coisa é certa. Quem analisar o quadro futuro com as peças de hoje corre sério risco de fracasso. Não entendeu ainda o vendaval.
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Sempre a mesma vigarice, quando dá algo errado no velho partido, então cria-se um novo para tentar continuar enganando o povo.
Esquerda é um Lixo!
Criar um novo partido não há nada de anormal. Pior é quando o mesmo partido muda de nome 4 vezes pra tentar apagar o passado
FHC não oferece nada novo. Quer repaginar o PSDB apenas. Esse peixe podre esquerdista, de um modorrento progressismo light, ninguém compra.