O interventor na área da segurança pública no Distrito Federal, Ricardo Cappelli, afirmou nesta quarta-feira (11) que “não há hipótese” de que novos atos golpistas, como os promovidos no último domingo (8), repitam-se. Novas manifestações foram marcadas para hoje e o interventor prometeu que todo o efetivo estará mobilizado para garantir a segurança da população e dos patrimônios públicos.

“Há uma tentativa de criar um ambiente de crise no Brasil, mas garantimos que nunca mais a capital federal verá o que aconteceu”, afirmou Capelli em coletiva de imprensa. “Estamos em mobilização máxima. Não há hipótese de se repetir na capital federal o que aconteceu, os fatos inaceitáveis que aconteceram”, reforçou.

Os bolsonaristas marcaram uma nova manifestação para a tarde de hoje, prevista para começar às 18h. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) realizará uma barreira no início da Esplanada dos Ministérios para revistar todos os manifestantes e eles não poderão passar da Avenida José Sarney, a anterior à Alameda dos Estados.

Não será permitido o acesso à Esplanada com armas, artefatos cortantes ou perfurantes, materiais que possa produzir qualquer tipo de ferimento e produtos inflamáveis. Faixas serão permitidas, desde que não utilizem suportes rígidos, como madeira, plástico ou ferro. Os manifestantes também não poderão montar estruturas e, até o final da manhã de hoje, nenhum carro de som havia solicitado permissão ao Governo do Distrito Federal (GDF) para transitar na região.

“A Constituição garante direito à livre manifestação e nós vivemos em uma democracia”, defendeu Cappelli. “Manifestações democráticas não se confundem com terrorismo, não se confundem com atentado às instituições democráticas. O direito à livre manifestação não se confunde com ataque ao patrimônio público, à democracia aí estes a lei que eu tenho a dizer é a lei será cumprida e eles serão tratados no rigor da lei”, reforçou.

“A Constituição garante direito à livre manifestação, nós vivemos em uma democracia. Mas livre manifestação não se confunde com atentado às instituições democráticas”, destacou o interventor.

Cappelli reforçou ter “plena confiança” de que as forças de segurança do DF conduzirão uma “operação de segurança exemplar”, citando o feito realizado na posse. Na avaliação do interventor, os atos golpistas do domingo ocorreram por “falta de comando e de ação” por parte do ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres.

Ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Torres está nos Estados Unidos e teve a prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes por indícios de ter facilitado a atuação dos atos golpistas e a invasão e depredação dos prédios públicos.