Ana Luiza de Carvalho, especial para o Congresso em Foco
Fechada desde a semana passada com o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), a chamada bancada ruralista passará por reformulação na próxima legislatura. Mais da metade de seus atuais integrantes não renovou o mandato e estará fora do Congresso a partir de fevereiro de 2019. Dos atuais 245 integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária, 117 (47,7%) foram reeleitos. A bancada, uma das mais poderosas da Câmara e do Senado, ainda não sabe estimar quantos dos novos parlamentares vão participar de sua composição no próximo ano.
Entre aqueles que não voltarão ao Parlamento estão dois dos principais líderes do grupo no Senado, Ana Amélia (PP-RS), que desistiu da reeleição para concorrer como candidata a vice-presidente de Geraldo Alckmin (PSDB), e Ronaldo Caiado (DEM-GO), eleito governador.
“Perdemos nomes importantes, mas tivemos relativo sucesso pela grande renovação que terá a Casa e principalmente o Senado”, avalia a presidente da frente, deputada Tereza Cristina (DEM-MS). Para ela, o alto índice de renovação na Casa é resultado da “massificação” da mensagem de que o atual Congresso é “muito ruim”.
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Entre os ruralistas que fracassaram nas urnas estão os deputados Osmar Serraglio (MDB-PR), Beto Mansur (MDB-SP), Mauro Pereira (MDB-RS), Nelson Marquezelli (PTB-SP) e Valdir Colatto (MDB-SC), além dos senadores Romero Jucá (MDB-RR), Valdir Raupp (MDB-RO), Waldemir Moka (MDB-MS) e Benedito de Lira (PP-AL). Todos perderam a reeleição.
Velhos conhecidos
Na Câmara, dos 218 integrantes da frente parlamentar, 100 se reelegeram. No Senado, dos 27 representantes da bancada, 18 seguirão no próximo ano. Entre os parlamentares eleitos domingo que farão parte do grupo estão o ex-ministro da Agricultura Neri Geller (PP-MT), o ex-secretário estadual da Agricultura e Pecuária José Mário Schreiner (DEM-GO) e o deputado estadual Pedro Lupion (DEM-PR), filho do ex-deputado Alberto Lupion (DEM-PR), ex-coordenador da frente.
“Muitos são desconhecidos, não eram agentes públicos e nunca estiveram na política, então agora a gente vai ter que saber quem é quem que está chegando nesta Casa”, ressalta Tereza Cristina. A parlamentar e outros 17 integrantes da frente entregaram uma pauta de reivindicações com dez itens a Jair Bolsonaro no Rio.
Hoje a FPA é formada majoritariamente pelo MDB, que representa 20% da frente, seguido por DEM e PP com 12% cada um, PR com 11%, PSD, com 8%, e PDT, com 6%. O PSDB e o Solidariedade também compõem a frente, contribuindo com 5% cada um. Também participam da frente parlamentar PSC, PSL, PPL, PTB, PRB, Pros, PHS, Podemos, PPS e PT.
Veja a relação dos integrantes da bancada ruralista que não se reelegeram:
Deputados
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A senhora Ana Amélia é tudo de ruim,espero.que ela vá plantar milho que vai refletir mais sua postura, se ela fosse candidata ao senado não iria se eleger.Graças a Deus nos livramos dessa demagoga.
A Senadora Ana Amélia é muito consistente no discurso e tem carisma. Fosse ela a candidata teria muito mais votos que o insosso Picolé que tem medo de abrir a boca.
Ela merece e acho que vai galgar outros postos na política.