O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, um dos nomes alçados a pré-candidato à presidência da República em 2022, disse nesta sexta-feira (26) ao Congresso em Foco que buscará trabalhar na convergência de um único nome competitivo para as eleições do ano que vem – mesmo que isso implique em abrir mão de uma candidatura própria.
“Para isso [a união em torno de um nome], eu me disponho a ser candidato, a compor a chapa, a ser candidato no meu estado para fazer palanque”, disse Mandetta, por telefone. “Ou a não ser nada: posso entregar santinho na rua, não tem problema nenhum.”
O político, hoje filiado ao Democratas, diz que as discussões em torno de um nome pelo União Brasil começaram nesta semana, ressuscitando análises feitas internamente por sua legenda no início do ano. “A primeira conversa que a gente teve sobre nacional foi na terça-feira, pois decidimos esperar as prévias do PSDB que foram no domingo “, disse Bivar sobre a reunião de cúpula do União Brasil, que teria sido com um número reduzido de pessoas, mas envolvendo nomes como o presidente do Democratas, ACM Neto, do PSL, o deputado Luciano Bivar (PE).
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Ao tratar das possibilidades de outras candidaturas em 2022, Mandetta voltou a tratar com deferência a possibilidade do ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) concorrer ao cargo. “Eu acho que o Moro é uma entrada forte dentro desse modelo. Eu acho que tem que dialogar, tem que conversar e entender”, disse o ex-ministro da Saúde. “Eu conduzi [a discussão] da seguinte maneira: quem quer ser apoiado tem que predispor a dar apoio, é condição de sentar à mesa. Se fragmentar não é o correto. ”
Desde o final da reunião, no entanto, versões conflitantes jogaram sob incerteza possíveis planos para uma candidatura de Mandetta em 2022. Após rumores indicarem que ele desistira da chapa presidencial e poderia se candidatar ao Senado pelo Rio de Janeiro, o ministro chegou a ir às redes sociais para dizer que “médico não abandona paciente”, mas disse que pode tanto ser candidato como apoiar outro candidato.
Já na sexta-feira Luciano Bivar indicou que o União Brasil, quando tiver sua fusão aceita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), terá uma candidatura própria. O cacique eleitoral, no entanto, evitou indicar o nome de Mandetta porque “ele [Mandetta] estaria em dúvida“.
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