Nos dois e-mails enviados com ameaças de morte ao senador Fabiano Contarato (PT-ES) na quarta (9) e quinta-feira (10), o autor das mensagens incluiu na justificativa dos ataques a máxima “Deus odeia o orgulho”, adotada pelo pastor André Valadão para nomear a transmissão ao vivo no final do primeiro semestre em que fez diversos ataques à comunidade Lgbt+. Ao tomar conhecimento do conteúdo da ameaça, o líder religioso manifestou repúdio ao autor.
“As ameaças de ataques terroristas e a violência contra a vida de um ser humano são inaceitáveis e contradizem tanto nossos valores cristãos quanto os princípios de uma sociedade democrática e civilizada”, afirmou em nota o pastor, que se referiu ao episódio como uma “situação profundamente perturbadora”. De acordo com ele, a liberdade de expressão “deve ser exercida dentro dos limites do diálogo, do respeito aos direitos humanos e da lei”.
André Valadão e Fabiano Contarato acumulam um histórico intenso de atrito. Desde a transmissão realizada no dia do orgulho Lgbt+, 28 de junho, os ataques à comunidade foram uma constante nos discursos do pastor, um deles inclusive interpretado pela Justiça Federal de Belo Horizonte como uma apologia à violência contra pessoas Lgbt+, resultando na ordem judicial para que os vídeos fossem excluídos.
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Uma das notícias-crime apresentadas ao Ministério Público na ação que resultou na exclusão da transmissão de André Valadão nas redes sociais partiu de Fabiano Contarato no início de julho.
Fabiano Contarato é o único senador assumidamente Lgbt+, e sua identidade sexual foi um dos principais alvos nos e-mails de ameaças, acrescidos de diversas ofensas pessoais. André Valadão ressaltou repudiar “o ódio e o uso da violência na tentativa de resolver qualquer tipo de divergência. O respeito pela vida humana e a promoção da paz são fundamentais em nossa crença”.
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